Conselheiro de Trump assume "responsabilidade" sobre grupo com jornalista

Mike Waltz, conselheiro de segurança nacional do Presidente dos Estado Unidos Donald Trump, que criou o grupo na rede social Signal para discussão de planos militares e que incluiu um jornalista, assumiu na terça-feira a responsabilidade.

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© Shawn Thew/EPA/Bloomberg via Getty Images

Lusa
26/03/2025 06:27 ‧ há 3 dias por Lusa

Mundo

EUA

"Assumo total responsabilidade. Eu criei este grupo", admitiu Mike Waltz à estação Fox News, na sua primeira entrevista desde as revelações.

 

Waltz sugeriu que pode ter guardado o número do jornalista no seu telefone, pensando que pertencia a outra pessoa.

O chefe de redação da prestigiada revista The Atlantic publicou, na segunda-feira, um longo artigo em que pormenorizou as trocas de impressões entre altos responsáveis federais dos Estados Unidos sobre um plano de ataque militar aos rebeldes Huthis no Iémen, num grupo do serviço digital de mensagens Signal, ao qual foi adicionado por engano.

Uma enorme falha de segurança para os Estados Unidos, amplamente criticada nos círculos democratas. A Casa Branca confirmou a autenticidade da cadeia de mensagens, mas também declarou que não tinha sido revelada qualquer informação confidencial.

O diretor da CIA (Agência Central de Informações), a principal agência de serviços secretos externos dos Estados Unidos, confirmou, por seu lado, a presença neste círculo, mas defendeu aquilo que designou como o uso "autorizado e legal" da aplicação Signal.

Já Donald Trump minimizou na terça-feira a troca de mensagens de texto num grupo de 'chat' com planos sensíveis para um ataque militar contra os Huthis do Iémen, considerando tratar-se de "uma pequena falha".

Trump salientou que esta foi "a única falha em dois meses" da sua Presidência, enquanto os democratas criticavam no Senado a administração norte-americana por lidar com informações altamente sensíveis de forma descuidada.

Em declarações à NBC News, Trump disse que o lapso "acabou por não ser grave" e manifestou o apoio contínuo ao conselheiro de segurança nacional Mike Waltz.

O presidente dos Estados Unidos também pareceu apontar a culpa a um assessor de Waltz, não identificado, por Goldberg ter sido adicionado à cadeia.

Mas a utilização da aplicação de mensagens Signal para discutir uma operação sensível expôs a Presidência a críticas ferozes por parte dos legisladores democratas, que expressaram indignação perante a insistência da Casa Branca e dos altos funcionários da administração de que não foi partilhada qualquer informação confidencial.

Os altos funcionários da administração têm-se esforçado por explicar por que razão a aplicação disponível ao público foi utilizada para discutir um assunto tão delicado.

Entretanto, no Senado, funcionários dos serviços secretos norte-americanos negaram, numa acalorada discussão no Senado, que tenham sido partilhados dados sensíveis num 'chat' do Signal onde estava Goldberg e em que se coordenava o ataque militar no Iémen.

O vice-presidente da Comissão de Inteligência da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o senador democrata Mark Warner, classificou o episódio como um exemplo de "comportamento negligente, descuidado e imprudente" que colocou vidas norte-americanas em risco e perguntou diretamente à diretora da Inteligência Nacional, Tulsi Gabbard, se participou no 'chat'.

Gabbard respondeu que "não vai entrar em pormenores", porque o que aconteceu "está a ser analisado", e insistiu que nada do que foi trocado na conversa era informação protegida, sublinhando a diferença entre fugas maliciosas e acidentais.

Leia Também: Trump quer reforma nas eleições dos EUA incluindo exigência de cidadania

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