"Os ataques israelitas ocorreram perto de uma das cozinhas comunitárias apoiadas pela WCK no momento em que as refeições estavam a ser distribuídas", declarou a organização nas redes sociais, identificando a vítima como Jalal e confirmando que o ataque deixou outras seis pessoas feridas.
Apesar da situação, a WCK sublinhou que continuará a apoiar este tipo de distribuição alimentar na área e a operar os seus próprios serviços "sempre que possível" e tendo em conta "avaliações diárias".
"Desejamos a paz para todos e um cessar-fogo duradouro", enfatizou a organização humanitária sediada nos Estados Unidos, que gere cozinhas comunitárias em Gaza.
Nos últimos meses, várias ONG como a WCK relataram ter sido vítimas de ataques israelitas, e devido a um a própria organização do chef espanhol chegou a suspender temporariamente as suas operações.
Israel, por sua vez, defende que membros do Hamas se infiltraram em organizações, incluindo a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinianos (UNRWA).
Em abril de 2024, sete elementos da WCK foram mortos num ataque do exército israelita em Gaza, quando a sua caravana saía de um armazém de Deir al-Balah, onde tinham descarregado mais de 100 toneladas de ajuda alimentar humanitária levada para Gaza por via marítima.
As vítimas eram da Austrália, Polónia, Reino Unido, um duplo cidadão dos EUA e Canadá e da Palestina.
No final de novembro de 2024, três trabalhadores da WCK morreram num ataque aéreo a um veículo em Khan Yunis, no sul de Gaza, também atribuído ao exército israelita, e que segundo a cadeia de televisão árabe Al Jazeera matou duas outras pessoas.
A 18 de março, o exército israelita retomou os bombardeamentos na Faixa de Gaza, seguidos de operações terrestres, após a trégua de dois meses na guerra desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel a 07 de outubro de 2023.
Desde o recomeço das operações militares no enclave palestiniano, já foram mortas mais de 800 pessoas e deslocadas mais de 142 mil, de acordo com o porta-voz do secretário-geral da ONU.
O número de mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra superou no fim de semana os 50 mil, na sequência dos últimos bombardeamentos israelitas no enclave palestiniano, segundo dados fornecidos pelas autoridades locais, controladas pelo Hamas.
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