Detido há mais de 1 ano, ex-presidente do Panamá autorizado a deixar país

O ex-presidente do Panamá, Ricardo Martinelli, será autorizado a deixar o país, onde está preso há mais de um ano, para viajar para a Nicarágua por razões humanitárias, avançou hoje o ministro das Relações Exteriores do Panamá.

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© STR/AFP via Getty Images

Lusa
28/03/2025 07:31 ‧ há 3 dias por Lusa

Mundo

Panamá

O ministro das Relações Exteriores do Panamá avançou que Javier Martínez-Acha Vásquez, que está preso na embaixada da Nicarágua no Panamá desde que o país decidiu prendê-lo após o fim dos recursos da sua condenação por lavagem de dinheiro.

 

O ex-líder, de 73 anos, afirma que a sua acusação foi motivada por razões políticas, uma vez que ele tentou concorrer a um segundo mandato.

 Martínez-Acha Vásquez disse que, ao deixar a embaixada e ir para a Nicarágua, Martinelli poderia administrar sua defesa legal em melhores condições e receber tratamento médico para problemas não especificados.

"Considerando que os prazos da justiça nem sempre coincidem com os prazos da saúde, o Ministério das Relações Exteriores decidiu reconhecer o asilo concedido a Martinelli Berrocal pelo Governo da Nicarágua", disse o ministro das Relações Exteriores.

 Martinelli tem até a meia-noite de 31 de março para deixar o Panamá.

O ex-presidente é um empresário e magnata de supermercados que governou o Panamá entre 2009 e 2014.

Em 2023, ganhou a nomeação do seu partido para se candidatar novamente à presidência. No entanto, foi condenado por lavagem de dinheiro e sentenciado a mais de 10 anos de prisão e multado em 19 milhões de dólares.

Depois de o Supremo Tribunal ter negado o seu recurso, ficou inelegível para se candidatar.

Por fim, Martinelli apoiou o seu companheiro de candidatura, o atual Presidente José Raúl Mulino que, na altura, afirmou que Martinelli continuaria a concorrer e regressaria ao Panamá após a vitória.

Mulino afirmou há um mês que se ia encontrar com o novo embaixador da Nicarágua no Panamá e que a autorização para Martinelli viajar para a Nicarágua estava entre as questões que iriam discutir.

A Nicarágua concedeu asilo político a Martinelli em fevereiro de 2024, no entanto, o Panamá recusou-se a autorizar a Nicarágua a deslocar Martinelli para o país.

Por isso, Martinelli manteve-se na política, utilizando as redes sociais para promover a sua agenda durante a campanha presidencial do ano passado.

Pouco antes do anúncio de hoje, Martinelli publicou um vídeo no Instagram em que dizia que uma força policial especial tinha cercado a embaixada e estava a verificar todos os que entravam.

"Não sei se querem assaltar a embaixada. Não sei se querem fazer-me alguma coisa imprópria e não sei as razões", disse Martinelli.

Contudo, um jornalista da Associated Press que se encontrava no exterior da embaixada viu apenas duas carrinhas da polícia com menos de uma dúzia de polícias normais.

O governo não respondeu de imediato a um pedido para explicar qual seria o processo de saída de Martinelli.

Leia Também: "Único país com direito a presença militar no Panamá é a nossa República"

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