"A rutura do cessar-fogo e o regresso de intensos bombardeamentos e operações terrestres na Faixa de Gaza causaram a morte a pelo menos 322 crianças e ferimentos a outras 609, uma média diária de mais d 100 crianças mortas ou mutiladas nos últimos 10 dias", escreveu em comunicado a agência da ONU para a infância.
"A maior parte destas crianças eram deslocadas, abrigando-se em tendas sem condições ou edifícios destruídos", acrescentou-se no texto.
Os militares israelitas retomaram os ataques em 18 de março, com intensos bombardeamentos e uma ofensiva terrestre, rompendo dois meses de trégua com o Hamas, que vigorava desde 19 de janeiro.
"O cessar-fogo oferecia uma rede de segurança de que as crianças da Faixa de Gaza precisavam desesperadamente", salientou a diretora da agência, Catherine Russell.
Agora, "as crianças estão de novo mergulhadas em um ciclo de violência mortal e privações", avançou.
Desde a quebra do cessar-fogo, foram mortas 1.001 pessoas na Faixa de Gaza, segundo o Executivo local, o que eleva o total de mortos palestinianos para 50.357, desde o início das ações militares israelitas subsequentes ao ataque do Hamas em 07 de outubro de 2023.
Daquele total, 15 mil são crianças, salientou a UNICEF.
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