"As nossas defesas aéreas abateram com sucesso um drone MQ-9 Reaper enquanto este realizava missões hostis no espaço aéreo [da província] de Marib", anunciou na segunda-feira o porta-voz militar do grupo, Yahya Sari.
O dirigente disse que a operação surgiu "em retaliação pela agressão dos EUA (..), que lançou vários ataques em várias áreas nas últimas horas, causando mortes, feridos e danos materiais".
Numa declaração publicada no plataforma de mensagens Telegram, Yahya Sari explicou que foi utilizado um míssil fabricado localmente para abater a aeronave não tripulada.
De acordo com o comunicado, "este é o décimo sexto drone" que as defesas aéreas dos Huthis intercetaram com sucesso desde o início da operação militar contra alvos israelitas ou norte-americanos.
Yahya Sari afirmou ainda que "persistirão em impedir a navegação israelita nos mares Vermelho e Arábico e continuarão a apoiar o povo palestiniano até que a agressão contra Gaza cesse e o bloqueio israelita à ajuda humanitária seja levantado".
"Não hesitaremos em realizar novas operações defensivas contra todos os navios de guerra inimigos nos próximos dias", prometeu.
Duas pessoas foram mortas na segunda-feira por um ataque dos Estados Unidos contra um veículo na província de Hajjah, no noroeste do Iémen, disse o governo rebelde xiita dos Huthis.
"Aviões de agressão americanos bombardearam um veículo [modelo] 'Hilux' no distrito de Bani Qais (Al Tur) na província de Hajjah (...), matando duas pessoas e ferindo uma criança", disse o porta-voz do departamento de Saúde, Anis Al-Asbahi.
Este ataque elevou para três o número de pessoas mortas desde domingo por ações dos Estados Unidos contra posições dos Huthis, que são apoiados pelo Irão.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou uma operação de grande envergadura contra os rebeldes em 16 de março e, desde então, tem havido ataques quase diários no Iémen, os quais resultaram em dezenas de mortos.
Os rebeldes, que controlam grande parte do Iémen, integram o chamado "eixo de resistência" contra Israel e os Estados Unidos liderado pelo Irão e de que fazem parte outros grupos radicais, como o Hamas palestiniano e o Hezbollah libanês.
Na segunda-feira, Trump afirmou que, caso os rebeldes do Iémen não parem de atacar navios norte-americanos, "a verdadeira dor ainda está por vir, tanto para os Huthis, como para os patrocinadores no Irão".
"A escolha para os Huthis é clara: parem de disparar contra os navios dos EUA e nós paramos de disparar contra vós. Caso contrário, ainda agora começámos", escreveu Trump, na rede social que detém, a Truth Social.
Leia Também: Trump ameaça Huthis com mais intervenções militares: "A escolha é clara"