O ataque ocorre algumas semanas depois de uma bomba de fabrico caseiro, reivindicada pelos Shebab, quase ter atingido o comboio do presidente Hassan Sheikh Mohamoud.
Segundo fontes da segurança, citadas pela France Press, os projéteis foram lançados a partir dos arredores de Mogadíscio e caíram numa zona aberta do aeroporto internacional de Aden Adde.
As autoridades ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o ataque.
"Foram cerca de dois a três morteiros que atingiram uma zona aberta do aeroporto esta manhã", disse um oficial de segurança, que pediu o anonimato.
Um avião turco que deveria aterrar no aeroporto foi desviado para Djibuti, disse um funcionário do aeroporto, também sob condição de anonimato. O funcionário acrescentou que tinham sido informados de que a EgyptAir também tinha cancelado o seu voo do dia.
Camp Halane, um complexo fortemente fortificado que alberga a antena das Nações Unidas, bem como agências humanitárias, missões estrangeiras e o quartel-general da Missão de Transição da União Africana (ATMIS), apoiada pela ONU, foi também alvo de ataques, segundo o porta-voz da ATMIS, Tenente-Coronel Said Mwachinalo.
"Houve bombardeamentos. A nossa equipa está neste momento no terreno a proceder a uma avaliação", cita a agência France Press.
Até ao momento, não foram registados feridos e algumas operações no aeroporto parecem estar a decorrer, disse ainda o responsável pela segurança.
Ligados à Al-Qaeda, os Shebab lutam há mais de quinze anos contra o governo federal da Somália, apoiado por muitos países estrangeiros, para instaurar a lei islâmica neste país, que se encontra entre os mais pobres do mundo.
O Estado prometeu-lhes uma guerra "total" e o exército uniu forças com milícias de clãs locais numa ofensiva apoiada por uma força da União Africana e por ataques dos EUA, mas sofreu reveses.
Leia Também: Cruz Vermelha pede libertação de enfermeira raptada em 2018 na Somália