Todos os advogados pertencem ao partido da Liga Awami, da antiga primeira-ministra Sheikh Hasina.
Dez outros advogados, incluindo um antigo bastonário da Ordem dos Advogados, obtiveram ordem de libertação sob caução, disse um advogado que representa um particular que levou o assunto aos tribunais.
Um outro advogado, que defende pelo menos 10 dos 70 detidos, declarou que os seus clientes compareceram no tribunal para pedir o prolongamento do regime de liberdade sob caução em que estavam há dois meses, mas o tribunal recusou.
A ex-primeira-ministra Sheikh Hasina refugiou-se na Índia quando multidões invadiram o seu palácio no ano passado.
Juízes em Daca, capital do Bangladesh, emitiram vários mandados de detenção para Hasina e seus aliados.
Num relatório publicado em março, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusou o regime deposto de possíveis crimes contra a humanidade durante a repressão da revolta estudantil de agosto de 2024.
Desde agosto, o Bangladesh é liderado pelo Prémio Nobel da Paz Muhammad Yunus, 84 anos, que deverá conduzir o país para reformas democráticas visando eleições em meados de 2026.
O Bangladesh instou a Índia a permitir a extradição de Hasina para que a ex-chefe do Governo possa enfrentar acusações de crimes contra a humanidade pela morte de centenas de manifestantes durante os protestos que derrubaram o seu executivo.
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