"As bases dos programas de formação de marinheiros devem centrar-se em estratégias e táticas de guerra modernas, incluindo o aproveitamento da experiência da operação militar especial", afirmou Putin, usando a designação oficial russa para a guerra contra a Ucrânia.
Putin apelou para renovação de todos os aspetos das Forças Armadas russas durante uma intervenção numa reunião sobre a Estratégia para o Desenvolvimento da Marinha até 2050, em São Petersburgo.
"É importante desenvolver de forma sistemática e consistente todos os componentes da marinha, incluindo navios e submarinos, aviação naval, tropas de artilharia costeira e equipamento de apoio", afirmou, citado pela agência de notícias espanhola EFE.
O líder russo anunciou que, para a próxima década, está prevista uma verba equivalente a mais de 100 mil milhões de dólares (87,8 mil milhões de euros, ao câmbio atual) para a renovação da frota.
"Nos últimos cinco anos, foram construídos 49 navios de várias classes", afirmou.
Segundo Putin, os estaleiros de Kaliningrado e Vladivostoque concentraram-se na produção em série de navios de superfície e de novos submarinos com mísseis.
Putin defendeu também o reforço do potencial estratégico e nuclear da frota russa.
"Neste domínio, gostaria de salientar que, atualmente, a percentagem de armas e equipamentos modernos nas forças nucleares estratégicas navais da Rússia já é de 100%", afirmou.
Depois da participação na reunião de São Petersburgo, Putin tem em agenda uma reunião com Steve Witkoff, enviado especial do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Desde que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia perdeu uma dezena de navios, segundo várias fontes, incluindo o "Moskva", o navio-almirante da Frota do Mar Negro.
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