"Não culpo a China nem o Vietname. Vejo a reunião de hoje e é maravilhosa. É uma reunião adorável, quero dizer, é como tentar descobrir 'como podemos prejudicar os Estados Unidos'", frisou Trump, em declarações aos jornalistas na Sala Oval da Casa Branca, durante um encontro com o presidente de El Salvador, Nayib Bukele.
Trump referia-se ao encontro entre Xi e To em Hanói, que ocorreu hoje no início de uma viagem do líder chinês pelo Sudeste Asiático, na qual Pequim procura apresentar-se como um parceiro de confiança face à investida comercial dos EUA.
"Perdemos triliões de dólares em comércio com a China durante a era Biden, triliões de dólares. Ele deixou que nos explorassem, e não podemos fazer mais isso. E sabem que mais? Não culpo a China de forma alguma. Não culpo o presidente Xi. Eu gosto dele. Ele gosta de mim", sublinhou Trump sobre a relação atual com Pequim, a quem puniu por reagir à imposição de tarifas.
Apesar de ter suavizado a sua ofensiva contra a maioria dos países na semana passada, Trump decidiu punir o gigante asiático, que insiste em continuar a retaliar.
Atualmente, as importações chinesas enfrentam tarifas norte-americanas de 145% e as remessas dos EUA para a China enfrentam tarifas de 125%.
O chefe de Estado norte-americano insistiu também hoje que está a preparar um imposto específico sobre os produtos farmacêuticos num futuro "não muito distante".
"Só preciso de aplicar uma tarifa", apontou Trump, acrescentando que "quanto maior for a tarifa, mais depressa [as empresas farmacêuticas] virão", referindo-se ao seu objetivo de realocar a produção de medicamentos para os Estados Unidos.
Trump evitou comentar quando questionado sobre a imposição de tarifas específicas sobre os semicondutores, que disse no fim de semana que iria anunciar nos próximos dias.
Mas insistiu que será "flexível" em relação à possibilidade de taxar os produtos da gigante tecnológica Apple, como telemóveis e computadores.
Leia Também: Trump critica ritmo das negociações com o Irão sobre programa nuclear