A investigação é uma primeira etapa necessária, que poderá permitir ao Presidente dos Estados Unidos emitir uma ordem executiva impondo direitos aduaneiros sobre estes produtos, caso se demonstre que o volume das importações representa um risco para a segurança nacional.
As importações visadas pelo inquérito incluem os chamados minerais "críticos", como o cobalto, o lítio e o níquel, as terras raras e os produtos que requerem estes recursos para parte do seu fabrico, como os smartphones, os veículos elétricos, as baterias e as turbinas eólicas.
De acordo com uma ordem executiva emitida esta terça-feira pela Casa Branca, a indústria norte-americana está "dependente de fontes estrangeiras", que estão "expostas a choques graves e duradouros" relativamente ao abastecimento de minerais.
A ordem executiva, assinada por Donald Trump, afirma que "se os Estados Unidos perderem o acesso a minerais processados críticos de fontes estrangeiras, a base industrial comercial e de defesa dos Estados Unidos" poderá sofrer "escassez significativa".
O Departamento do Comércio terá até 180 dias para apresentar o inquérito ao Presidente norte-americano.
Na segunda-feira, este serviço já tinha aberto um inquérito no mesmo sentido, desta vez sobre as importações de produtos farmacêuticos e de semicondutores.
Este processo baseia-se numa lei de 1962, que quase nunca tinha sido utilizada antes de Donald Trump, durante o seu primeiro mandato, para justificar a imposição de taxas sobre as importações de aço e alumínio.
O Presidente dos EUA voltou a utilizar esta lei, conhecida como Secção 232, para reintroduzir, em meados de março, direitos aduaneiros de 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis.
Donald Trump fez das tarifas a pedra angular da sua política económica e um importante instrumento diplomático para obter concessões de outros países.
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