O violento motim ocorreu na prisão de Mongo, capital da província de Guéra, no centro-sul do Chade, e segundo as primeiras informações divulgadas pela imprensa local, vários prisioneiros conseguiram fugir e apoderar-se de armas, o que levou a uma rápida escalada do incidente que obrigou as forças de defesa e segurança chadianas a intervir.
"Foi um caos. Os prisioneiros estavam armados e a situação ficou fora de controlo muito rapidamente. Tivemos de atuar rapidamente para evitar um desastre maior. Houve 11 mortos: sete prisioneiros e quatro soldados", disse à EFE um oficial militar presente durante a operação, sob condição de anonimato.
O confronto também provocou vários feridos, entre os quais o delegado-geral do Governo em Guéra, Abdoulaye Ibrahim, que foi baleado e, devido ao seu estado grave, foi transportado com urgência para N'Djamena, a capital do país, para receber cuidados médicos especializados.
"Ouvi tiros de manhã muito cedo. Esta manhã, quando acordei, a cidade estava em estado de choque. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu, mas as pessoas estão muito preocupadas com a sua segurança", disse à EFE Adam Mahamat, residente em Mongo.
Em resposta à crise, o ministro da Segurança Pública, Mahamat Charfadine Margui, e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Abakar Abdelkarim Daoud, deslocaram-se à cidade para acompanhar a situação no terreno.
As circunstâncias exatas da fuga e o número total de prisioneiros que conseguiram escapar ainda não foram esclarecidos, mas enquanto a investigação prossegue, as autoridades chadianas intensificaram a busca dos fugitivos.
Este motim põe em evidência os persistentes problemas de segurança nas prisões do Chade e reabre o debate sobre as condições de detenção.
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