"Acolhemos com satisfação a Declaração de Princípios da República Democrática do Congo/Ruanda promovida pelos Estados Unidos", referiu Kaja Kallas, numa publicação nas redes sociais.
O acordo, patrocinado pelos Estados Unidos e assinado na sexta-feira, visa iniciar negociações para resolver o conflito desencadeado pelo apoio do Ruanda ao grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23), que luta no leste do Congo.
"Nós encorajamos fortemente a conclusão de um acordo de paz, coordenado com a região, que respeite a integridade territorial e transforme os fatores de insegurança em oportunidades compartilhadas", acrescentou.
Com o acordo assinado, ambos os países comprometem-se a "reconhecer mutuamente a soberania e a integridade territorial um do outro, a abordar questões de segurança, a promover a integração económica regional, a facilitar o retorno de pessoas deslocadas, a apoiar a MONUSCO (a Missão da ONU na República Democrática do Congo) e a elaborar um acordo de paz".
O conflito no leste da República Democrática do Congo intensificou-se no final de janeiro, quando o grupo rebelde capturou Goma e Bukavu, capital de Kivu do Sul, ambas na fronteira com o Ruanda e ricas em minerais como ouro e coltan, essenciais para a indústria de tecnologia e produção de telemóveis.
O governo de Trump expressou interesse em promover investimentos dos EUA em depósitos minerais na República Democrática do Congo e no Ruanda.
A República Democrática do Congo e o Ruanda concordaram, na última quarta-feira, em trabalhar para uma trégua, após negociações realizadas nas últimas semanas em Doha, no Catar.
Desde a escalada do conflito, segundo a ONU, quase 1,2 milhões de pessoas foram obrigadas a sair das duas províncias afetadas pelo conflito.
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