O ataque aconteceu às primeiras horas da manhã e entre os mortos há três mulheres e cinco crianças, segundo o Hospital Shifa, para onde foram transportados os cadáveres, citado pela agência Associated Press.
As forças militares israelitas afirmaram ter atingido um militante do Hamas, tendo a estrutura onde este trabalhava colapsado, situação que está a ser averiguada.
Um familiar das 10 pessoas que morreram assegurou que nenhuma delas pertencia ao grupo islamista.
Segundo as autoridades de saúde palestinianas, morreram 49 pessoas nas últimas 24 horas em Gaza na sequência de ataques israelitas.
O ataque surge numa altura em que uma delegação do Hamas se deslocou ao Cairo, no Egito, para negociar um cessar-fogo.
Segundo a AFP, que cita um responsável do grupo, o Hamas estará disposto a acordar um cessar-fogo para Gaza que preveja a libertação de todos os reféns israelitas de uma só vez e uma trégua de cinco anos com Israel.
A agência de informação francesa salienta que não é claro se a ideia de uma trégua de longa duração foi proposta pelo próprio Hamas ou pelos mediadores egípcios e do Qatar.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas a Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou a morte de 1.218 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.
No mesmo ataque, foram raptadas 251 pessoas, das quais 58 continuam detidas em Gaza e 34 já morreram, segundo o exército israelita.
Uma trégua de 19 de janeiro a 17 de março permitiu que 33 reféns, incluindo oito mortos, regressassem a Israel em troca da libertação de cerca de 1.800 palestinianos presos no Estado judaico.
De acordo com os números publicados na sexta-feira pelo Ministério da Saúde do Hamas, pelo menos 2.062 palestinianos foram mortos desde o reinício da ofensiva israelita a 18 de março, elevando para 51.439 o número de mortos em Gaza desde o início da guerra.
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