O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, e a sua família estiveram entre as milhares de pessoas que se juntaram na Praça de São Pedro, em Roma, para se despedirem do Papa Francisco.
"Agora que Julian está livre, viemos todos a Roma para expressar a gratidão da nossa família pelo apoio do Papa durante a perseguição de Julian", afirmou a mulher de Assange, Stella, numa mensagem citada pelo WikiLeaks.
"Os nossos filhos e eu tivemos a honra de nos encontrar com o Papa Francisco em junho de 2023 para discutir a forma de libertar Julian da prisão de Belmarsh", acrescentou Stella Assange, revelando que "Francisco escreveu a Julian na prisão e até propôs conceder-lhe asilo no Vaticano".
"Now Julian is free, we have all come to Rome to express our family’s gratitude for the Pope’s support during Julian’s persecution. Our children and I had the honor of meeting Pope Francis in June 2023 to discuss how to free Julian from Belmarsh prison. Francis wrote to Julian in… pic.twitter.com/1B4iNp31Is
— WikiLeaks (@wikileaks) April 26, 2025
Segundo a agência de notícias France-Presse, a família Assange encontrava-se no topo da Via della Conciliazione, uma larga avenida que conduz à Praça de São Pedro.
Assange foi libertado e regressou à Austrália em junho, após cinco anos numa prisão britânica e depois de se ter declarado culpado de obter e publicar segredos militares dos Estados Unidos, num acordo com promotores do Departamento de Justiça dos EUA.
Antes dos cinco anos na prisão britânica, Assange passou sete anos em exílio autoimposto na Embaixada do Equador em Londres, onde pediu asilo alegando perseguição política.
Assange declarou-se culpado, numa acusação da Lei de Espionagem, de conspirar para obter e disseminar ilegalmente informações confidenciais de defesa nacional. Um juiz condenou-o aos cinco anos que já tinha passado na prisão no Reino Unido, lutando contra a extradição para os Estados Unidos.
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