Num comunicado, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmail Baghai, classificou os ataques "contra alvos civis, infraestruturas vitais e casas em várias regiões do Iémen" como "crimes de guerra".
Segundo os rebeldes huthis do Iémen, pelo menos 68 pessoas foram mortas e 47 ficaram feridas na sequência de um bombardeamento norte-americano a um centro de detenção para migrantes africanos na cidade de Saada, no norte do Iémen.
O grupo xiita pró-iraniano alegou ainda que o centro, que albergava sobretudo migrantes africanos, estava "sob a gestão e o conhecimento" da Organização Internacional para as Migrações (OIM) e do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), e pediu a estas organizações que documentassem "o massacre".
O CICV também informou que o centro afetado não está sob a sua supervisão direta ou a do Crescente Vermelho Iemenita, embora tenha indicado que equipas deste último estiveram envolvidas na retirada dos feridos para os hospitais e no tratamento dos corpos.
Os últimos ataques elevaram o número de mortos em ataques aéreos dos Estados Unidos no Iémen para 228, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse, baseada em anúncios dos huthis.
A 15 de março, os Estados Unidos lançaram uma campanha de bombardeamentos em grande escala contra os rebeldes huthis, ordenada pelo Presidente Donald Trump, para prejudicar a capacidade dos rebeldes iemenitas de ameaçar a navegação no Mar Vermelho.
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