A Autoridade da Aviação Civil da Somália informou as companhias aéreas que os passaportes taiwaneses "deixarão de ser válidos para entrar ou transitar pela República Federal da Somália", declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan num comunicado, acrescentando que "rejeitava e condenava veementemente" esta medida.
Segundo o ministério, esta medida tem por objetivo "criar a falsa impressão de que Taiwan faz parte da República Popular da China".
A decisão surge numa altura em que Taiwan reforça os seus laços com a Somalilândia, que declarou a independência da Somália em 1991 e nunca foi reconhecida pela comunidade internacional.
"A China expressa o seu profundo apreço", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Guo Jiakun, numa conferência de imprensa.
Esta decisão é uma "medida legítima" que reflete a firme adesão da Somália ao princípio de uma só China", sublinhou, reafirmando o apoio de Pequim à reivindicação de Mogadíscio sobre a Somalilândia.
A China considera que ainda não conseguiu unificar Taiwan com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949, e não exclui o recurso à força para o conseguir.
Taiwan, cujo nome oficial é República da China, perdeu o seu lugar na Organização das Nações Unidas (ONU) para a República Popular da China em 1971.
Apenas 12 países, incluindo o Vaticano, reconhecem Taiwan como um Estado, sendo que muitos outros mantêm laços não oficiais com a ilha, como os Estados Unidos, que são o seu principal apoiante em termos de segurança.
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