Quase meia centena de bilionários abandonou a Rússia no início da invasão

Quase meia centena de empresários bilionários abandonou a Rússia logo no início da invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, e muitos deles encontraram-se com o Presidente russo nesse mesmo dia, avançou hoje a plataforma independente Proekt.

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© REUTERS/Evgenia Novozhenina/File Photo

Lusa
30/04/2025 13:51 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Em reuniões com líderes empresariais e autoridades nesse dia, Vladimir Putin pediu "trabalho de solidariedade" e compreensão para o que estava a acontecer, mas, segundo a Proekt, hoje citada pelas agências internacionais, muitos dos presentes abandonaram o país pouco depois.

 

Leonid Mijelson, presidente do conselho de administração da empresa de gás Novatek, viajou para Chipre no mesmo dia, enquanto Andrei Melnichenko, fundador da EuroChem, uma empresa de mineração e fertilizantes, deixou o território russo no dia seguinte.

De acordo com a plataforma Proekt, Piotr Aven, um dos principais acionistas do Alfa-Bank, também deixou a Rússia, assim como Dmitri Pumpianski, proprietário da empresa metalúrgica TMK, e Vadim Moshkovich, fundador da Rusagro (setor agrícola), recentemente detido pela justiça russa.

Poucas horas antes do início da ofensiva russa na Ucrânia, o oligarca Boris Rotenberg fugiu também do país e voou para Nice, em França. Regressou à Rússia a 04 de abril e, quatro dias depois, foi incluído na lista de sanções internacionais ocidentais.

O seu irmão, Arkady, deixou o país um dia antes da revolta do líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, no verão de 2023, regressando à Rússia no dia seguinte, no final da tentativa de golpe militar.

Cerca de 15 milionários incluídos na lista da revista norte-americana Forbes das pessoas mais ricas da Rússia fugiram do país durante a revolta militar.

Os órgãos de comunicação social independentes associam os irmãos Rotenberg a Putin, com quem afirmam ter uma amizade próxima.

Além disso, o jornal Financial Times relacionou recentemente a nacionalização das empresas privadas na Rússia com uma iniciativa dos Rotenberg, um processo no qual a sua empresa Roskhim recebeu vários ativos após a reprivatização.

De acordo com a plataforma Proekt, em 2024, a Rússia nacionalizou quase uma centena de empresas privadas.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Leia Também: Rússia e Coreia do Norte reforçam ligações com construção de ponte rodoviária

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