Rússia apela aos países da OPEP+ para que respeitem restrições acordadas

O vice-primeiro-ministro russo responsável pela Energia, Alexander Novak, pediu hoje à aliança OPEP+, liderada pela Rússia e pela Arábia Saudita, que respeite as restrições e o plano de compensações acordados.

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© Akos Stiller/Bloomberg via Getty Images

Lusa
03/05/2025 15:32 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Rússia/Ucrânia

"Gostaria de me dirigir a todos os países pedindo que contribuam igualmente para garantir o equilíbrio entre a oferta e a procura [de petróleo bruto]. É importante respeitar os níveis de produção e garantir o plano de compensações das reduções voluntárias não cumpridas", afirmou Alexander Novak em declarações à televisão estatal russa.

 

O governante alertou que a desaceleração do crescimento económico mundial prevista para este ano vai afetar negativamente a procura de petróleo.

"Estamos a assistir a guerras comerciais entre países e a uma desaceleração do crescimento económico. E, de acordo com as previsões de muitos analistas, o crescimento económico deste ano será inferior ao inicialmente previsto, o que terá impacto na procura", observou.

A aliança OPEP+ decidiu hoje aumentar a oferta de petróleo em 411.000 barris por dia a partir de junho, depois de já ter aumentado a produção na mesma quantidade neste mês.

O aumento, que conta com o apoio de oito dos 22 países-membros da aliança petrolífera, foi aprovado numa reunião virtual, informou hoje a analista Amena Bakr, da consultoria Kpler, em comunicado publicado na rede social X.

Já em 03 de abril, a OPEP+ tinha decidido aumentar sua produção em 411.000 barris por dia a partir de maio, acelerando o ritmo planeado anteriormente, e era esperado um novo aumento este mês.

Os preços do petróleo bruto afundaram na semana passada perante a perspetiva de aumento da oferta e aos receios de que o conflito tarifário possa limitar o crescimento económico e, consequentemente, a procura por petróleo bruto.

A guerra comercial causada por Donald Trump, há um mês, com o anúncio das taxas alfandegárias, o seu adiamento posterior durante 90 dias, a escalada dos incidentes sobre as importações provenientes da China e a incerteza sobre os seus efeitos na economia internacional, em particular sobre a procura de petróleo, tem afetado a cotação do 'ouro negro'.

Em 02 de abril, minutos antes de Trump apresentar as taxas alfandegárias agravadas, o Brent encerrou em 74,95 dólares. Um mês depois apresenta uma desvalorização de 18,23%, ou 13,66 dólares em termos absolutos.

Leia Também: Trégua russa é um "teste" à vontade de paz de Kyiv

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