A porta-voz do organismo, Fernanda Costa Alegre, referiu que ao longo dos anos o sindicato tem "assistido com alguma indignação os sucessivos governos a procrastinar o futuro da Comunicação Social com falta de políticas claras".
"A prova disso vimos o Orçamento Geral do Estado e as Grandes Opções de Planos para 2025 serem aprovados sem ações concretas para a mudança do paradigma da Comunicação Social", sublinhou Fernanda Costa Alegre, num comunicado por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, hoje assinalado.
A sindicalista acrescentou que "foi com elevada preocupação" que o organismo encarou "o ultimato dado ao país pela União Internacional das Telecomunicações, UIT, no processo de transição Analógica para Digital", admitindo que embora algumas ações tenham sido feitas no sentido de cumprir esta recomendação, "a grande verdade é que esta transição não está concluída, e parece que este assunto caiu no esquecimento".
"O sindicato exorta as autoridades nacionais a apostarem seriamente na capacitação dos profissionais face as exigências atuais que o mundo tecnológico nos impõe", declarou.
Segundo Fernanda Costa Alegre, o sindicato tem observado "com inquietação as ondas de críticas que são lançadas diariamente aos órgãos da comunicação social e aos profissionais que sem condições de trabalho e sem salário digno têm desempenhado a profissão com zelo e abnegação".
A porta-voz do sindicato dos jornalistas são-tomense admitiu que "há muitas fragilidades no setor", fruto "da fraca capacitação de alguns profissionais e dos baixos salários, o que consequentemente, se traduz na desmotivação e empenho de outros".
"A comunicação social é e continua a ser a arma mais poderosa, tendo como objetivos educar, informar, sensibilizar, dar voz aos mais desfavorecidos, primando, consequentemente, pelo contraditório", vincou Fernanda Costa Alegre.
"Neste dia tão importante, o Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social são-tomense deixa uma mensagem de encorajamento a todos profissionais da comunicação social para que se mantenham firmes e comprometidos a prestar um serviço digno à população com rigor e isenção, mas sublinhamos que isso só será possível, se houver um compromisso sério por parte das autoridades nacionais", frisou ainda na mesma nota informativa.
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