Rebeldes do Iémen reivindicam ataque contra aeroporto de Telavive

Os rebeldes hutis do Iémen reivindicaram o ataque de hoje contra o aeroporto internacional Ben-Gurion de Telavive, que causou seis feridos ligeiros, num comunicado divulgado pela estação de televisão al-Massirah, ligada ao grupo.

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© Mohammed Hamoud/Getty Images

Lusa
04/05/2025 11:16 ‧ há 3 horas por Lusa

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Os hutis também voltaram a advertir "todas as companhias aéreas internacionais contra a continuação dos voos para o aeroporto Ben-Gurion, uma vez que este se tornou perigoso para o tráfego aéreo".

 

O porta-voz militar dos hutis, Yahya Saree, afirmou que os rebeldes "visaram o aeroporto Ben-Gurion com um míssil balístico hipersónico que atingiu com sucesso o alvo", segundo um comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Os rebeldes xiitas referiram um outro ataque de 'drones' contra "um alvo inimigo israelita vital na zona de Ashkelon", no sul de Israel.

O exército israelita não fez qualquer referência a este ataque.

O serviço de emergência Magen David Adom (MDA) disse que prestou assistência médica a quatro mulheres e dois homens com idades entre os 22 e os 54 anos que ficaram ligeiramente feridos devido à explosão no aeroporto.

A polícia israelita confirmou a queda de um míssil perto do aeroporto, sem especificar imediatamente se o impacto tinha sido causado pelo projétil disparado do Iémen ou por um míssil de interceção israelita.

"Formou-se uma cratera com várias dezenas de metros de largura e também várias dezenas de metros de profundidade", disse o chefe da polícia local, Yair Hezroni, num vídeo com a torre de controlo do aeroporto em segundo plano.

A imprensa israelita noticiou que a explosão ocorreu na zona do Terminal 3 do aeroporto, cujas operações estiveram interrompidas durante cerca de uma hora.

O exército israelita confirmou o ataque, mas disse desconhecer ainda se tinha intercetado o míssil ou não.

"Foram feitas várias tentativas para intercetar o míssil lançado do Iémen", afirmou o exército num comunicado, acrescentando que o incidente estava a ser investigado.

O Ministro da Defesa israelita, Israel Katz, prometeu uma resposta ao ataque dos hutis.

"Quem nos fizer mal, será castigado sete vezes mais", afirmou num comunicado citado pela agência norte-americana Associated Press (AP).

O porta-voz militar dos hutis considerou que a operação resultou no "fracasso dos sistemas de interceção americanos e israelitas", segundo a agência de notícias espanhola EFE.

Destacou também a "fuga de mais de três milhões de sionistas para refúgios seguros e a interrupção total das operações aeroportuárias durante mais de uma hora".

Saree disse que os hutis "continuarão firmes e resolutos face à agressão dos Estados Unidos", dado que o Presidente Donald Trump ordenou uma operação em grande escala contra os rebeldes em março.

Os hutis "não abandonarão o dever religioso, moral e humanitário para com o povo palestiniano oprimido, independentemente das repercussões, até que a agressão contra Gaza cesse e o cerco seja levantado", acrescentou.

Desde o início da guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque sem precedentes a Israel pelo movimento extremista Hamas em 07 de outubro de 2023, os hutis anunciaram ataques contra alvos israelitas em solidariedade com os palestinianos.

Os rebeldes também atacaram navios que acreditam estar ligados a Israel no Mar Vermelho, uma zona-chave para o tráfego marítimo mundial.

Os hutis controlam parte do Iémen, um país do sudoeste da Península da Arábia devastado por uma guerra civil iniciada em 2014.

Os rebeldes xiitas integram o chamado "eixo de resistência" a Israel, liderado pelo Irão.

A aliança inclui outros grupos radicais da região, como os palestinianos Hamas e Jihad Islâmica, e Hezbollah libanês.

Leia Também: Rebeldes do Iémen disparam míssil contra aeroporto de Telavive

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