O ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, teve alta hospitalar nesta manhã de domingo, ao fim de três semanas internado, na sequência de uma operação para desobstruir o intestino.
Bolsonaro saiu do Hospital DF Star, em Brasília, pelas 11h00 (hora local), de acordo com o UOL.
O antigo chefe de Estado fez-se acompanhar pela esposa, Michelle, e pelos seus assessores, tendo sido brindado pelos louvores das cerca de 30 pessoas que o aguardavam e que rezavam o Pai Nosso.
Bolsonaro já tinha anunciado que estava previsto receber alta hospitalar este domingo, tendo agradecido “a Deus por este milagre”, na rede social X (antigo Twitter).
O antigo presidente, de 70 anos, confirmou também que participará, na quarta-feira, na manifestação que terá lugar na capital brasileira a favor de uma lei de amnistia para os condenados pelo golpe de 8 de janeiro de 2023.
️ Bolsonaro recebe alta de hospital em Brasília após 3 semanas
— Metrópoles (@Metropoles) May 4, 2025
Durante a semana, a equipe médica de Bolsonaro apontou melhoras progressivas dos movimentos intestinais espontâneos
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"Regresso a casa revigorado. O meu próximo desafio: acompanhar a marcha pacífica pela amnistia humanitária na quarta-feira, 7 de maio, a partir das 16 horas locais, desde a Torre de TV até ao Congresso", disse.
Bolsonaro, que governou o Brasil entre 2019 e 2022, foi submetido a uma cirurgia intestinal em 13 de abril, dois dias depois de ter sentido dores fortes durante um comício político na cidade de Natal.
O ex-presidente já foi operado seis vezes para corrigir problemas digestivos desde que foi esfaqueado no abdómen por um doente mental, durante um comício na cidade de Juiz de Fora, em 2018, em plena campanha eleitoral desse ano.
A cirurgia de 13 de abril durou cerca de 12 horas, foi a mais complexa a que foi submetido desde a facada e serviu para desobstruir o intestino e reconstruir a parede abdominal, segundo os seus médicos.
Saliente-se que Bolsonaro será julgado pelo Supremo Tribunal Federal sob a acusação de liderar uma tentativa de golpe para tentar manter-se no poder, após perder as eleições de 2022 para o atual Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo os procuradores, a última tentativa da conspiração ocorreu a 8 de janeiro de 2023, quando milhares de apoiantes de extrema-direita invadiram as sedes da presidência, do Supremo Tribunal e do Congresso, numa tentativa de forçar uma intervenção militar e derrubar Lula, que tinha tomado posse uma semana antes.
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