Aviões de guerra israelitas atacaram as áreas que separam a cidade libanesa de Esh Shaara do território sírio, de acordo com os meios de comunicação estatais do Líbano, que também confirmaram pelo menos um ataque contra a própria Esh Shaara, do seu lado da fronteira.
Já as Forças de Defesa de Israel (FDI) adiantaram que "atacaram locais de infraestruturas terroristas dentro de uma instalação de produção e armazenamento de armas estratégicas do Hezbollah" na zona de Beqaa, situado a cerca de 30 quilómetros a oeste de Beirute, depois de identificaram "tentativas do Hezbollah para restabelecer a presença e as operações dentro da instalação".
"Além disso, foram atingidas instalações de infraestruturas militares do Hezbollah na área de Srifa (sul do Líbano). Estas atividades do Hezbollah e a presença de armas nestas áreas constituem uma violação flagrante dos entendimentos entre Israel e o Líbano", acrescentaram.
As FDI garantiram ainda que vão continuar "a operar para remover qualquer ameaça ao Estado de Israel e impedirão qualquer tentativa do Hezbollah de restabelecer as suas capacidades terroristas".
Apesar do cessar-fogo acordado em novembro, Israel continuou a atacar o Líbano com frequência e, há uma semana, chegou a bombardear os arredores de Beirute pela terceira vez desde que o acordo foi implementado, embora a maior parte das suas ações continue concentrada no sul do país.
Em abril, o governo libanês anunciou ter registado 190 mortes às mãos do Estado judaico desde que o cessar-fogo entrou em vigor, enquanto o Gabinete de Direitos Humanos da ONU estimou o número de mortes de civis em mais de 70 durante o mesmo período.
Em conformidade com o acordo, o Líbano enviou o seu exército para a região sul para substituir a presença do grupo xiita libanês Hezbollah, que procura agora desarmar como próximo passo, embora o movimento pró-iraniano torne qualquer negociação de segurança condicional à cessação prévia dos ataques israelitas.
O Líbano foi envolvido no conflito através do grupo libanês Hezbollah, que atacou o norte de Israel e levou a uma invasão israelita do sul do país.
A liderança histórica do Hezbollah, um grupo apoiado pelo Irão tal como o Hamas, foi eliminada pelas forças israelitas.
Também o Hamas realizou vários ataques contra Israel a partir do Líbano, onde tem uma presença armada.
Israel efetuou ataques aéreos que mataram oficiais do Hamas, incluindo um dos principais chefes militares do grupo, Saleh Arouri, em Beirute.
O Hamas governa a Faixa de Gaza desde 2007 e enfrenta uma ofensiva israelita desde que atacou Israel em 07 de outubro de 2023.
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