A mudança repentina ocorre um dia depois de Cameron Hamilton, um antigo SEAL da Marinha que ocupou o cargo nos últimos meses, ter testemunhado no Capitólio que não concordava com propostas para desmantelar uma organização que ajuda a planear desastres naturais e distribui assistência financeira.
"Não acredito que seja do interesse do povo americano eliminar a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA)", sublinhou, na quarta-feira, citado pela agência Associated Press.
O presidente Donald Trump sugeriu que os estados individualmente, e não o governo federal, deveriam assumir a liderança em relação aos furacões, tornados e outras crises.
Criticou duramente o desempenho da FEMA, principalmente na Carolina do Norte, após o furacão Helene.
David Richardson, antigo oficial do Corpo de Fuzileiros Navais que serviu no Afeganistão, Iraque e África, vai comandar a FEMA por enquanto.
De acordo com a AP, não parece ter experiência em gestão de desastres naturais e desempenhava atualmente as funções de secretário assistente do Departamento de Segurança Interna para o combate a armas de destruição maciça.
A equipa da FEMA foi notificada da mudança na liderança através de um breve e-mail.
No mês passado, o chefe de Estado republicano criou um conselho de revisão encarregado de "reformar e otimizar o sistema de gestão de emergências e de resposta a catástrofes do país", de acordo com a Segurança Interna.
Durante a comparência de Hamilton perante uma subcomissão da Câmara dos Representantes (câmara baixa do Congresso) na quarta-feira, partilhou preocupações sobre a forma como a assistência da FEMA é gerida.
Disse ainda que a agência tinha "evoluído para uma burocracia federal sobrecarregada, tentando gerir todo o tipo de emergências, não importa quão pequenas sejam".
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