Segundo Trump, trata-se de um ato "de boa-fé" para com os Estados Unidos e o presidente norte-americano também espera que todos os restantes reféns do movimento sejam libertados e que o fim da guerra de Israel contra o Hamas em Gaza esteja próximo.
"Estou grato a todos aqueles que ajudaram a tornar possível esta notícia monumental. Foi um ato de boa-fé para com os Estados Unidos e os esforços dos mediadores, Qatar e Egito, para acabar com esta guerra brutal e devolver TODOS os reféns vivos e os restos mortais aos seus entes queridos", escreveu o presidente norte-americano na sua rede social, Truth Social.
Acrescentou igualmente que espera que a libertação de Edan Alexander seja "o primeiro dos últimos passos necessários para pôr fim a esta guerra brutal", que opõe Israel ao Hamas desde 07 de outubro de 2023.
O Hamas anunciou no domingo em comunicado que vai libertar o refém israelo-americano Edan Alexander como parte dos esforços para "alcançar um cessar-fogo, abrir as passagens fronteiriças e levar ajuda e assistência humanitária" à Faixa de Gaza.
O grupo islamita, que não especificou a data em que Alexander será libertado, anunciou a decisão após conversações nos últimos dias com representantes do presidente dos Estados Unidos, nas quais afirma ter tido uma atitude "muito positiva".
O vice-presidente norte-americano, JD Vance, também saudou a notícia na sua conta da rede social X (antigo Twitter), dizendo que se o Hamas "cumprir a sua promessa" e libertar Alexander, "terá sido mais um triunfo para [o enviado dos EUA para o Médio Oriente] Steve Witkoff".
Edan Alexander, o único refém vivo com cidadania norte-americana dos 59 ainda em cativeiro em Gaza, foi sequestrado aos 19 anos (tem agora 21), a 07 de outubro de 2023, o dia do ataque do Hamas a território israelita.
Alexander é um "soldado solitário", como são conhecidos os jovens que vão para Israel cumprir o serviço militar obrigatório apesar de a sua família não residir no país. Foi sequestrado quando servia numa unidade militar de elite no sul de Israel.
Prevista para "os próximos dias", segundo fontes palestinianas concordantes, a sua será a primeira libertação de um refém através de negociações entre o Hamas e os Estados Unidos que decorreram, em grande parte, sem o envolvimento de Israel.
No dia 07 de outubro, milícias lideradas pelo Hamas entraram em território israelita a partir da Faixa de Gaza, mataram cerca de 1.200 pessoas, na maioria civis, e sequestraram 251.
Horas depois, Israel anunciou uma guerra para "erradicar" o Hamas na Faixa de Gaza, que dura até hoje e já custou a vida a mais de 52.800 pessoas naquele enclave palestiniano, além de ter submetido a população a uma crise humanitária cada vez mais grave, com a entrada de toda a ajuda humanitária, incluindo alimentos, água potável e medicamentos, bloqueada desde 02 de março.
Leia Também: Trump quer aceitar avião de presente do Qatar para ser como Air Force One