O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abulgheit, afirmou que a decisão "representa um passo em frente positivo e significativo" que "permite à Síria deixar o passado para trás e embarcar num caminho económico para a estabilidade e o desenvolvimento deste amado país árabe".
O Qatar, um dos países árabes que mais apoiam o novo governo de Damasco, considerou o levantamento das sanções "um passo importante para a estabilidade e a prosperidade da Nova Síria".
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio reiterou o "total apoio do Qatar à soberania, independência e integridade territorial da Síria", bem como às "aspirações do povo irmão à segurança e ao desenvolvimento".
Trump, que está a realizar o primeiro périplo internacional pelo Médio Oriente, que o levará também ao Qatar e aos Emirados Árabes Unidos, anunciou terça-feira em Riade o levantamento das sanções impostas à Síria durante o governo de Bashar al-Assad, derrubado no início de dezembro.
A decisão, que as novas autoridades sírias aguardavam há meses, foi tomada pelo Presidente norte-americano após conversações com o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman e depois de o homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, ter feito um pedido semelhante.
A Liga Árabe e o Qatar, entre outros Estados, bem como o Kuwait e a Jordânia, também expressaram o seu "reconhecimento e apreço pelos esforços dos Estados irmãos Arábia Saudita e Turquia neste contexto".
A Jordânia, vizinha da Síria, também descreveu a decisão de Trump como "um passo significativo para a reconstrução da Síria e a abertura de novos horizontes para a cooperação económica entre a Síria e o mundo", e considerou que "trará prosperidade e desenvolvimento ao povo sírio irmão".
A Síria está sujeita a um grande número de sanções internacionais, nomeadamente norte-americanas e europeias, impostas principalmente durante o governo de al-Assad.
Algumas dessas sanções foram levantadas nos últimos meses, mas a maior parte das sanções impostas pelos Estados Unidos constituía um grande obstáculo ao desenvolvimento da Síria.
O anúncio do levantamento das sanções foi feito antes de Trump receber o homólogo sírio, Ahmad al-Sharaa, na Arábia Saudita, como anunciaram ontem os responsáveis norte-americanos.
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