BBC propõe plano para combater desconfiança na informação e instituições

O diretor-geral da BBC, Tim Davie, propôs hoje um plano através do qual a emissora pública britânica quer ajudar a combater a desconfiança dos cidadãos "na informação e nas instituições".

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Lusa
14/05/2025 15:55 ‧ há 5 horas por Lusa

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Num discurso perante representantes da comunidade local em Salford (norte da Inglaterra), onde a emissora tem uma das suas sedes, Davie disse que a BBC pode ajudar a fazer do Reino Unido "um líder global em informações confiáveis".

 

O diretor-geral da estação pública de rádio e televisão delineou uma série de medidas para enfrentar "a crise de confiança" que assola o Reino Unido, assim como outros países, onde algumas pessoas questionam os meios de comunicação social profissionais ou as fontes oficiais em favor de narrativas construídas nas redes sociais.

Neste contexto, afirmou, e como parte da sua estratégia de modernização, a BBC vai "redobrar o seu compromisso com a imparcialidade, promover a informação livre e justa e o jornalismo de investigação pioneiro".

Pretende também aumentar o investimento no seu departamento de verificação de factos, o BBC Verify, e no departamento de análise aprofundada, o InDepth.

A emissora planeia ainda "aumentar drasticamente" a sua presença em plataformas como o YouTube e o TikTok, para combater o ruído digital, para além de combinar a tecnologia de inteligência artificial com o seu jornalismo para "criar uma nova ferramenta de verificação de factos de referência".

Segundo Tim Davie, a estação pública vai expandir o seu programa de bolsas para repórteres que cubram informação municipal, lançar novos programas de debate político e oferecer formação para crianças contra a desinformação, incluindo o desenvolvimento de cursos com qualificações.

Outra iniciativa prevista é proporcionar às famílias com crianças pequenas uma conta própria, através da qual encontrarão ferramentas para as ajudar na educação e desenvolvimento dos seus filhos em todas as fases.

"A BBC está pronta a desempenhar o seu papel, não apenas como defensora da tradição, mas também na construção do futuro", afirmou Davie.

"Um futuro em que -- acrescentou - a informação fiável reforça a democracia, em que todas as crianças têm um começo equitativo, em que a criatividade impulsiona o crescimento e o capital social e em que ninguém é deixado para trás na era digital".

Tendo em vista a renovação do estatuto da BBC em 2027, atualmente a ser negociado com o Governo, Tim Davie defendeu a manutenção de uma forma de financiamento universal, semelhante à atual "taxa de licença", que é paga anualmente por todos os proprietários de televisão do Reino Unido.

Tendo em conta as alterações no consumo, Davie disse estar aberto a variar o modelo, mas advertiu que um sistema de financiamento "por publicidade ou subscrição não passaria o teste de construção de um serviço público universal e fiável".

O diretor-geral apelou ainda às autoridades para que elaborem um plano que permita abandonar as transmissões tradicionais na década de 2030 e garantir uma boa transmissão exclusivamente pela Internet.

Pediu também ajuda ao executivo para financiar melhor o Serviço Mundial - que emite para fora do Reino Unido -, que descreveu como "um ativo nacional inestimável".

Leia Também: Respostas geradas por IA revelam problemas e imprecisões, diz BBC

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