De acordo com a edição de quarta-feira do jornal norte-americano The Wall Street Journal, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse aos líderes europeus, a 19 de maio, que as próximas conversações de paz entre a Rússia e a Ucrânia teriam lugar no Vaticano, depois de, na passada semana, o Papa, Leão XIV, ter oferecido a mediação.
Na quarta-feira, o Presidente finlandês, Alexander Stubb, sugeriu que uma reunião técnica entre russos e ucranianos podia ter lugar na próxima semana, bem como, separadamente entre norte-americanos e europeus, no Vaticano.
Contudo, o Kremlin rejeitou qualquer entendimento sobre esta matéria.
"Ainda não há acordo, nenhum acordo concreto, sobre futuras reuniões", disse o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov, durante o 'briefing' diário.
"Continuam os trabalhos para implementar os acordos já alcançados", limitou-se a acrescentar.
Questionado sobre a possibilidade de negociações no Vaticano, o porta-voz presidencial ucraniano, Serguei Nykyforov, não quis fazer comentários.
Na segunda-feira à noite, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, referiu, após uma chamada telefónica Trump, que Kiev estava a "estudar todas as possibilidades" quanto ao local para um novo encontro bilateral com os russos, admitindo a possibilidade de ser na "Turquia, no Vaticano ou na Suíça".
O chefe de gabinete do Presidente ucraniano, Andrii Yermak, disse que a Suíça confirmou a disponibilidade para acolher futuras conversações de paz entre a Ucrânia e a Rússia, depois de uma conversa telefónica com Gabriel Luchinger, chefe da divisão de segurança internacional do Departamento dos Negócios Estrangeiros suíço.
Na terça-feira, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, indicou que o Papa tinha confirmado a disponibilidade do Vaticano para acolher negociações de paz na Ucrânia.
Na passada sexta-feira, na Turquia, Moscovo e Kiev realizaram as primeiras conversações de paz desde a primavera de 2022, mas a reunião de apenas duas horas não produziu um acordo de cessar-fogo ou outros grandes progressos.
Leia Também: Kremlin diz que presidenciais na Roménia foram "no mínimo, estranhas"