Em comunicado, o gabinete de Benjamin Netanyahu afirmou que, como declarou o enviado especial do Presidente dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steve Witkoff, "a resposta do Hamas é inaceitável e faz com que a situação se agrave".
No texto, Netanyahu acusa o Hamas de se manter "firme na sua recusa", uma vez que o grupo islamita anunciou que, para chegar a um acordo, é necessário haver garantias de que as tropas israelitas vão abandonar a Faixa de Gaza, bem como negociações para um "cessar-fogo permanente".
"Israel continuará as suas ações pela devolução dos nossos reféns e pela derrota do Hamas", declarou o primeiro-ministro.
Numa declaração emitida hoje, noticiada pela imprensa israelita, Witkoff classificou a resposta do Hamas como "totalmente inaceitável" e disse que o que estão a fazer é "regredir".
O grupo radical palestiniano Hamas anunciou hoje que está disponível para libertar 10 reféns vivos e 18 mortos numa resposta aos Estados Unidos, que pedem o fim da guerra e a retirada das tropas israelitas.
A contraproposta aos mediadores "visa alcançar um cessar-fogo permanente, uma retirada completa da Faixa de Gaza e garantir o fluxo de ajuda ao nosso povo e às nossas famílias", anunciou o Hamas num comunicado.
Segundo fontes com acesso ao pacto, citadas pela imprensa israelita, o novo documento não contém qualquer exigência escrita para que Israel termine definitivamente a ofensiva ou retire as tropas da Faixa de Gaza.
Inclui a libertação de 10 reféns vivos e 18 reféns mortos em dois lotes, em troca de um cessar-fogo de 60 dias.
Além disso, estipula, numa linguagem vaga, a entrega imediata de ajuda humanitária, de acordo com a agência de notícias EFE.
Na quinta-feira, os Estados Unidos revelaram que Israel aceitou a proposta do Presidente norte-americano, Donald Trump, para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, enquanto as negociações com o Hamas prosseguiam.
O conflito em curso foi desencadeado pelos ataques liderados pelo grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de duas centenas de reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 54 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.
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