Após vitória de nacionalista, Tusk vai apresentar moção de confiança

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, anunciou hoje que vai apresentar em breve uma moção de confiança no parlamento, na sequência da vitória do candidato nacionalista nas eleições presidenciais de domingo.

donald tusk

© Andrzej Iwanczuk/NurPhoto via Getty Images

Lusa
02/06/2025 20:45 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Polónia

Karol Nawrocki, apoiado pelo partido nacionalista da oposição PiS, obteve 50,89% dos votos, contra 49,11% do pró-europeu Rafal Trzaskowski, na segunda volta das eleições presidenciais na Polónia, cujos resultados confirmaram a profunda polarização neste Estado-membro da UE e da NATO, de acordo com os resultados oficiais.

 

"O primeiro teste [para o Governo] será um voto de confiança que pedirei em breve à câmara baixa", declarou o pró-europeu Donald Tusk num discurso televisivo, sem especificar a data da iniciativa.

Tusk prometeu continuar a governar o país e manifestou a esperança de poder cooperar com o novo Presidente eleito, Karol Nawrocki.

"Quero declarar hoje a todos que não vou parar um momento, como primeiro-ministro, no meu trabalho e na nossa luta comum pela Polónia dos nossos sonhos (...): livre, soberana, segura e próspera", declarou Tusk.

"A eleição presidencial não mudou nada aqui e não mudará nada", garantiu.

Em princípio, a coligação governamental dispõe da maioria no parlamento que lhe permitirá obter a aprovação da moção de confiança.

Pouco antes do breve discurso de Tusk, o líder do PiS, Jaroslaw Kaczynski, descreveu o resultado das eleições presidenciais como "um cartão vermelho" ao Governo e apelou para a criação de um "Governo apolítico e técnico", composto por especialistas.

As próximas eleições legislativas na Polónia estão previstas para 2027.

Na Polónia, o chefe de Estado, que tem um mandato de cinco anos, exerce uma certa influência na política externa e de defesa, mas dispõe sobretudo de um poder de veto ao nível legislativo.

Várias reformas planeadas pelo primeiro-ministro, Donald Tusk, ex-presidente do Conselho Europeu que chegou ao poder em Varsóvia em 2023, foram bloqueadas devido ao impasse com o Presidente conservador cessante, Andrzej Duda, aliado do PiS.

Leia Também: Macron pede a Polónia uma Europa "respeitadora do Estado de direito"

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