Figura discreta no início da vida pública, Dona Violeta, como era conhecida tanto por apoiantes como por opositores, foi lançada para a cena política na sequência do homicídio do marido, Pedro Joaquín Chamorro, um destacado jornalista e opositor da ditadura da família Somoza.
Em 1990, foi eleita, à frente de uma coligação de oposição, e surpreendeu a comunidade internacional ao derrotar o então presidente Daniel Ortega, atualmente no poder, e o governo sandinista, pondo termo à guerra civil no país.
Foi a primeira mulher na chefia do Estado na Nicarágua e liderou a transição para a paz após quase uma década de conflito armado entre o regime sandinista e os Contras, rebeldes apoiados pelos Estados Unidos.
O mandato de Violeta Chamorro, com duração de quase sete anos, foi o mais longo alguma vez cumprido por um chefe de Estado eleito democraticamente no país.
No final, distinguiu-se por transferir pacificamente o poder a um sucessor civil eleito, um gesto raro numa nação marcada por uma história de autoritarismo, revoluções e profunda polarização política.
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