Avião da Ryanair colide com aves ao aterrar em Ponta Delgada

Um avião Boeing-737 da companhia aérea Ryanair proveniente de Lisboa sofreu esta terça-feira um 'bird stryke' (colisão com aves) quando aterrava em Ponta Delgada, nos Açores, não tendo sofrido danos significativos, foi hoje revelado.

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Lusa
29/01/2025 19:16 ‧ ontem por Lusa

País

Ryanair

Fontes aeronáuticas disseram à agência Lusa que o acidente não causou grandes danos no motor atingido, tendo o avião já regressado a Lisboa.

 

Trata-se do segundo acidente deste tipo em menos de um mês no aeroporto de João Paulo II, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

Em 6 de janeiro, um Airbus A320 da SATA colidiu com um "bando significativo" de gaivotas durante uma descolagem em Ponta Delgada, obrigando a aeronave a declarar emergência e a regressar ao aeroporto, reportando problemas nos dois motores.

Segundo revelaram várias fontes aeronáuticas à Lusa, aquele A320, com destino a Lisboa, descolou às 13h40 do Aeroporto João Paulo II, mas "imediatamente após a descolagem declarou emergência devido ao embate num bando significativo de gaivotas", tendo a aeronave prosseguido para a aterragem, o que aconteceu, em segurança, 18 minutos depois, "reportando problemas nos dois motores".

O avião da SATA só voltou a ficar operacional em 15 de janeiro.

Nessa ocasião, fontes da aviação alertam para o facto de os controladores aéreos não conseguirem visualizar toda a pista de Ponta Delgada, pois à frente da torre de controlo foi construído o quartel dos bombeiros que prestam serviço no aeroporto.

Os controladores aéreos apenas conseguem ver o início e o fim da pista, sendo o resto da mesma visível apenas através de um sistema de CCTV - Circuito Fechado de Televisão, o que, segundo estas fontes, não permite aos controladores aéreos observarem devidamente a eventual presença de aves, "o que diminuiu significativamente a segurança da operação".

Questionado sobre esta situação, o Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários sublinha que "o processo de deteção, controlo e mitigação de riscos de vida selvagem nos aeródromos é assegurado por várias fontes de informação em que o ATC [controlador aéreo] é uma parte importante".

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