Um homem que foi detido em flagrante, na terça-feira, a tentar agredir uma mulher, no seu local de trabalho, em Montemor-o-Novo, já foi presente a primeiro interrogatório judicial, estando "fortemente indiciado" de maltratar psicologicamente a vítima e de a perseguir e agredir por não aceitar o término da relação.
"Na sequência da detenção, em flagrante delito, o Ministério Público (MP) apresentou, ontem (quarta-feira), a primeiro interrogatório judicial um arguido, de 65 anos, indiciado pela prática do crime de violência doméstica de que foi vítima a ex-companheira, de 53 anos", lê-se numa nota publicada no site do Ministério Público.
Ao homem foi também "imputada indiciação da prática de factos de factos suscetíveis de integrar o crime de detenção de armas proibidas, tendo sido apreendidas duas armas de fogo e respetivas munições".
Na nota, lê-se ainda que o arguido se encontra "fortemente indiciado que, no decurso do relacionamento após o termo ocorrido em junho de 2024, o arguido maltratava psicologicamente a vítima, não aceitando a separação e perseguindo-a, inclusive com agressões físicas, ocorridas em fevereiro de 2025, que determinaram a sua detenção".
Quanto às medidas de coação aplicadas pelo MP, o arguido está proibido de contactar "com a vítima, mediante fiscalização à distância, fixando-se para o efeito um raio de distância de 500 metros fixo e móvel da vítima", está proibido de "permanecer ou de se aproximar na residência e/ou local de trabalho atuais ou futuros da vítima" e, por fim, está sujeito "a consulta e a tratamento de dependência do consumo de álcool, em instituição, local e data a indicar pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
A DIAP de Montemor-o-Novo, com a coadjuvação da Guarda Nacional Republicana (GNR), vão continuar as investigações.
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