Ferro acusa Ventura de "calúnia" e "cobardia" (e admite processá-lo)

O antigo secretário-geral socialista Ferro Rodrigues acusou hoje André Ventura de calúnia e cobardia ao mencionar o seu nome quando procurou justificar o caso do "vice" do Chega/Lisboa Nuno Pardal, acusado de crimes de prostituição de menores.

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Lusa
06/02/2025 20:03 ‧ há 3 horas por Lusa

País

Ferro Rodrigues

Hoje, em declarações aos jornalistas, após saber-se que Nuno Pardal Ribeiro fora acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores, o presidente do Chega declarou que "outros" protegeram no passado Ferro Rodrigues e o antigo porta-voz do PS Paulo Pedroso.

 

Numa nota enviada à agência Lusa, Ferro Rodrigues afirma que a referência ao seu nome "pelo deputado André Ventura" se tratou de "uma demonstração de cobardia pessoal".

"Uma demonstração de cobardia pessoal de quem durante três anos teve oportunidade de me interpelar pessoalmente sobre essas calúnias e nunca o fez. Foi uma demonstração do desespero partidário em que a lama que levantou atinge severamente alguns dos seus", considerou o antigo presidente da Assembleia da República e ministro nos governos liderados por António Guterres.

Ainda segundo Ferro Rodrigues, o facto de o presidente do Chega ter mencionado o seu nome constituiu também "uma provocação política e uma tentativa de desviar as atenções que agora estão concentradas na sua teia populista".

"Irei proceder de modo a que corra mal aos extremistas estes processos de difamação e miséria politica. Em tempo útil. Não procedendo como ele [André Ventura] pretende, mas sim como me parecer mais eficaz", acrescentou.

Pouco antes da divulgação desta nota, o atual secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, em conferência de imprensa, acusou o Chega de ter perdido autoridade moral para apontar o dedo a outros face aos casos que o atingem e admitiu que pior ainda seria se este partido tivesse responsabilidades governativas.

Pedro Nuno Santos falava no Parlamento, depois de confrontado pelos jornalistas com os casos do "vice" da distrital de Lisboa do Chega e deputado municipal Nuno Pardal Ribeiro, acusado pelo Ministério Público de dois crimes de prostituição de menores, e do deputado eleito pelos Açores, Miguel Arruda, suspeita de furto qualificado por furto de malas.

"O Chega não tem moral nenhuma para se dirigir a nenhum partido político em Portugal. Não tem superioridade moral, não está acima de nenhum partido, tem problemas graves, problemas mais graves do que os que estamos habituados a ver em outros partidos", afirmou o líder socialista.

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O secretário-geral do PS acusou hoje o Chega de ter perdido autoridade moral para apontar o dedo a outros face aos casos que o atingem e admitiu que pior ainda seria se este partido tivesse responsabilidades governativas.

Lusa | 18:42 - 06/02/2025

De acordo com o jornal Expresso, os dois crimes de prostituição de menores agravados a que Nuno Pardal está acusado pelo Ministério Público foram cometidos contra um rapaz de 15 anos, que conheceu no Grindr, uma aplicação usada para convívio entre homossexuais.

O caso terá sido denunciado à Polícia Judiciária pelos pais do menor depois de terem tido acesso às mensagens do WhatsApp no telemóvel do filho.

Entretanto, Nuno Pardal anunciou que vai renunciar ao mandato de deputado e deixou a vice-presidência da distrital de Lisboa do Chega.

Numa reação ao caso, o líder do Chega, André Ventura, anunciou hoje a abertura de um processo interno a Nuno Pardal Ribeiro, que pode levar à sua expulsão do partido.

Leia Também: Ventura anuncia processo interno que pode levar à expulsão de Nuno Pardal

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