"Há uma linha vermelha na obstetrícia que se chama segurança e obrigar mulheres a passar a ponte é um risco enorme que não podemos correr", disse a ministra, que está hoje a ser ouvida na comissão parlamentar de saúde.
Ana Paula Martins disse não saber ainda como vai organizar a urgência na Península de Setúbal, mas garantiu que não vai encerrar qualquer maternidade.
Em resposta aos deputados, Ana Paula Martins disse ainda que um dos motivos para que a mortalidade materno infantil na Península de Setúbal seja a mais elevada do país tem a ver com as gravidezes não vigiadas.
"Não é motivo único. Mas é um deles", afirmou.
Em resposta a Paula Santos, do PCP, a ministra salientou que o regime de dedicação plena dos médicos, instituído pelo anterior Governo, ainda tem potencial e manifestou-se convicta de que os médicos não querem o modelo da exclusividade.
"Porque vamos desistir já de um regime que começou há um ano. Ele tem potencial", afirmou Ana Paula Martins, ao adiantar que 9.839 médicos aderiram à dedicação plena, dos quais 5.690 hospitalares e 4.149 médicos de família.
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