A expressão 'seco quem nem um carapau' pode muito bem ter nascido na Nazaré e quem conhece ou visita o município percebe porquê. Junto à praia, é fácil encontrar vários tipos de peixes (e não só) estendidos ao sol, no "estindarte" a secar.
A prática faz parte da história da cidade, tal como de outras no litoral português, mas é ilegal. Não se pode vender peixe seco ao sol, mas todos sabem que existe e que é vendido, tal como mostra o fotógrafo Metin Aktas, num conjunto de imagens divulgadas recentemente pela Getty Images.
Na Nazaré a pesca continua a ser uma fonte de subsistência e secar peixe, polvos e outros um complemento essencial para os pescadores e as nazarenas de sete saias continuarem a "ganhar a vida". No entanto, são cada vez menos os que se dedicam a sujar as unhas para dar continuidade a esta que é uma das mais antigas e emblemáticas tradições da cidade banhada pelo Oceano Atlântico, conhecida internacionalmente pelas suas ondas gigantes.
Não se sabe quantos anos tem a tradição e onde nasceu, mas é comum a muitas cidades algarvias e alentejanas. Na Nazaré acaba mesmo por ser um dos principais bilhetes-postais da região.
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