O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prestou breves declarações aos jornalistas sobre a crise política em Portugal, depois de o Conselho de Ministros ter aprovado a moção de confiança, apenas para sublinhar que "é fundamental garantirmos que incerteza política é reduzida ao mínimo".
"Este período não será mais longo do que dois meses, independentemente do mundo e de uma Europa que sabemos que estão à procura da paz, mas que estão a demorar. Isso dá uma incerteza política. É fundamental garantirmos, naquilo que depende de nós, que essa incerteza é reduzida ao mínimo e que economicamente e socialmente as pessoas, com o mundo agitado, consigam enfrentar com tranquilidade, que é muito própria de Portugal", afirmou Marcelo, à saída de uma visita privada que fez com o Grão-Duque Henri do Luxemburgo ao Museu de Aristides de Sousa Mendes, em Cabanas de Viriato.
O chefe de Estado admitiu, na quarta-feira eleições antecipadas em maio, no final de um dia em que o primeiro-ministro anunciou uma moção de confiança - já aprovada em Conselho de Ministros - que tem chumbo prometido dos dois maiores partidos da oposição, PS e Chega, e que deverá ditar a queda do Governo na próxima semana.
O voto de confiança foi avançado por Luís Montenegro no arranque do debate da moção de censura do PCP, que foi rejeitada com a abstenção do PS na Assembleia da República, e em que voltou a garantir que "não foi avençado" nem violou dever de exclusividade com a empresa que tinha com a família, a Spinumviva.
Se a moção for rejeitada na quarta-feira no Parlamento, Marcelo convocará de imediato os partidos ao Palácio de Belém "se possível para o dia seguinte e o Conselho de Estado "para dois dias depois", admitindo eleições entre 11 ou 18 de maio.
[Notícia atualizada às 13h31]
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