Uma mulher, identificada apenas como J.V., agradeceu a um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) que a ajudou durante a assinatura de uma declaração amigável de acidente automóvel, em Lisboa.
Numa nota de agradecimento, divulgado na página de Facebook do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, a mulher explica que foi "vítima de um acidente de viação", após um carro bater contra o seu "por trás ao parar na entrada de uma rotunda".
Após a colisão, "o condutor do outro carro" saiu do veículo e começou a culpabilizar a mulher pelo acidente. "Elevou o tom de voz e persistia em culpar-me pelo acidente. Fiquei muito nervosa e sem capacidade para resolver o assunto, até porque nenhum de nós tinha declarações amigáveis", contou.
A mulher e o outro condutor decidiram, então, combinar uma hora e um local para preencher a declaração amigável. No dia seguinte, reuniram-se num café, mas o homem "voltou a insinuar" que a culpa era da mulher e levantava o tom de voz perante a "recusa em aceitar a culpa".
"Do nada, surgiu junto a nós um senhor que disse ser polícia e, além de acalmar o outro condutor, foi incansável ao ensinar a preencher a declaração amigável que eu, por estar muito nervosa, não conseguia preencher", contou J.V..
O agente ajudou os dois intervenientes a preencher a declaração amigável e explicou o que cada um teria de fazer nos seguros.
"Numa altura em que todas as pessoas parecem querer falar mal da polícia e conotá-los com racismo e outros abusos, o senhor polícia, mesmo nada tendo a ver com o acidente e mesmo eu sendo africana, foi como um anjo que apareceu para me ajudar", destacou.
Na nota, a mulher fez ainda questão de deixar um "muito obrigada" ao agente, identificado como "chefe Mota" da Investigação Criminal do Restelo.
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