"Nós vamos faze-lo porque este é um desígnio que é verdadeiramente um desígnio nacional, é um desígnio coletivo", afirmou o chefe do Governo, que falava na apresentação do Plano de Intervenção para a Floresta 2025-2050, em Vila Real, evento que aconteceu no Dia Internacional das Florestas.
Tendo como pilares a valorização, resiliência, propriedade e governança, o documento decorre de uma resolução do Conselho de Ministros publicada em 27 de setembro que mandatou o ministro da Agricultura e Pescas para apresentar, no prazo de 90 dias, em articulação com outras áreas governativas, uma estratégia "de intervenção visando criar e potenciar o valor da floresta, aumentando a produtividade e o rendimento dos produtores florestais".
"Podemos ainda assim sair com a esperança de que vamos concretizar esta estratégia, de que o vamos fazer qualquer que seja o Governo, qualquer que seja o responsável autárquico, qualquer que seja o responsável e o reitor das universidades, da comissão de coordenação, das associações representativas dos produtores", referiu.
E este é um desígnio que nem sequer é, segundo disse esperar, "passível de divergência político-partidária".
"Pode haver diferenças do ponto de vista mais do detalhe, pode efetivamente, mas do ponto de vista da estratégia, parece-me que será um absurdo se nós não estivermos de acordo em aproveitar os nossos recursos naturais, se nós não estivermos de acordo em ter um ordenamento, se nós não estivermos de acordo em conjugar políticas públicas que convirjam para termos mais desenvolvimento, mais capacidade de ocupar o nosso território e de fixar as nossas populações", sublinhou.
Por isso, salientou que a palavra de ordem a partir de hoje é executar.
"A palavra de ordem a partir de hoje é ação (...) a palavra de ordem é não perder tempo, a palavra de ordem é ir para o terreno, executar as medidas, aquelas que são já imediatas, preparar as que são no médio prazo e levar à vida das pessoas o efeito das decisões que estamos a tomar" frisou.
Luís Montenegro disse ainda que este "é um modelo que quer uma floresta mais resiliente, quer uma floresta com um modelo de governação também mais eficiente e menos burocrático".
Também os a ministros da Agricultura e do Ambiente, José Manuel Fernandes e Maria da Graça Carvalho, estiveram hoje na apresentação do plano, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
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