Este fim de semana, vários títulos da Notícias Ilimitadas (NI), que é dona do Jornal de Notícias (JN), entre outros, e da Global Media (GMG), proprietária do Diário de Notícias (DN), registaram constrangimentos 'online' devido a um ataque informático.
Hoje, em comunicado, o sindicato refere que se tratou de "uma agressão a dois importantes grupos de média, detentores dos três mais antigos títulos da Imprensa em Portugal, que tem de ser vista como uma agressão a todos os órgãos de comunicação social, como um ataque a todos os jornalistas e uma agressão à democracia".
O Sindicato dos Jornalistas entende que este ataque "não pode ser dissociado de um clima hostil de certos setores da sociedade, que encaram o jornalismo e os jornalistas como um inimigo, porque não querem ser escrutinados e preferem as notícias falsas à verdade e aos factos".
A entidade sindical mostra-se ainda solidária com todos os jornalistas afetados.
"Perante a agressão, sabemos que as redações se mobilizaram para fazer chegar as notícias aos leitores e aos ouvintes, com grande esforço físico e pessoal, conscientes de que o nosso dever de informar é o direito dos demais portugueses a serem informados, como está consagrado na Constituição da República Portuguesa", refere.
O sindicato exorta as autoridades policiais a empenhar todos os esforços possíveis na identificação e detenção do autor ou autores deste ataque, "que afeta não só estes órgãos de Comunicação Social, como a democracia, pois sem jornalismo livre e pleno não há uma sociedade justa e uma democracia saudável", acrescenta.
O Sindicato reitera ainda a necessidade de se proteger o jornalismo e a liberdade de imprensa dando condições aos órgãos de comunicação social para investirem em ciber-segurança, lembrando o ataque de há três anos, ao grupo Impresa, que impediu o acesso às plataformas online do Expresso, SIC e SIC Notícias.
E "urge as administrações a alocar recursos na proteção das redes de comunicação, pois um jornalismo livre precisa de órgãos de comunicação social robustos e seguros", lê-se no mesmo comunicado.
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