Um agente da Polícia de Segurança Pública (PSP) terá disparado cinco tiros contra um autocarro da Carris, no domingo, na sequência de uma discussão de trânsito. O incidente feriu um adolescente de 16 anos, que sofreu lesões oculares graves, depois de ter sido atingido por estilhaços provocados pela arma de fogo. Mas, afinal, o que aconteceu?
Pelas 20h25, o motorista de um autocarro da Carris alertou a Esquadra de Loures do Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS) que, “momentos antes”, a viatura tinha sido atingida por disparos de uma arma de fogo.
Enquanto as autoridades procuravam identificar e intercetar o suspeito, o jovem de 16 anos foi transferido para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa. De acordo com a CNN Portugal, o adolescente sofreu lesões oculares graves.
“Com a descrição da situação e das características do suspeito e da viatura utilizada, a PSP, depois de várias diligências, conseguiu perceber que o suspeito poderia tratar-se de um polícia, tendo conseguido identificar o mesmo, confirmando ser um Agente da PSP a prestar serviço no COMETLIS”, detalhou aquela força de segurança, num comunicado enviado às redações, na segunda-feira.
O homem terá disparado cinco tiros, alegadamente devido a uma disputa de trânsito, avançou o Correio da Manhã. Não foi esclarecido pela PSP o que terá motivado o desentendimento de trânsito.
Ainda no domingo, as autoridades apreenderam a arma de fogo e suspenderam o polícia das suas funções, decisão “com a qual o Diretor Nacional da PSP concordou, determinando a sua aplicação imediata”. Além disso, foi também “imediatamente determinada pelo Comandante do COMETLIS a abertura de procedimento disciplinar”.
“A PSP lamenta a situação, desejando rápidas melhoras ao jovem ferido, aguardando pelo desenrolar do inquérito criminal e das circunstâncias em que este incidente ocorreu, desenvolvendo paralelamente todas as diligências no âmbito do processo disciplinar já instaurado”, lê-se na nota.
As autoridades adiantaram ainda que, “além da habitual preservação de vestígios e do local do incidente”, os factos foram comunicados ao Ministério Público e à Polícia Judiciária, que ficou a cargo da investigação.
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