Português que matou quatro pessoas em Espanha "acelerou de forma brusca"

Julgamento de Micael Da Silva Montoya, que atropelou 13 pessoas num casamento, em 2022, já começou. Testemunhas falam em "massacre totalmente intencional".

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© Jesus Hellin/Europa Press via Getty Images

Notícias ao Minuto
14/05/2025 10:41 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto

País

Casamento

O julgamento do português apontado como principal responsável pelo atropelamento de 13 pessoas num casamento, em Torrejón de Ardoz, às portas de Madrid, em Espanha, em novembro de 2022, já começou.

 

Segundo a imprensa espanhola, as primeiras das 126 testemunhas que irão comparecer em tribunal ao longo do julgamento já foram ouvidas e relataram que Micael Da Silva Montoya entrou no carro e "acelerou de forma brusca" contra a multidão, após se envolver numa discussão com alguns dos convidados.

Alguns garantem mesmo, conta a Antena 3, que não têm dúvidas de que foi um "massacre totalmente intencional".

"Horror desproporcional"

Na terça-feira, foi a vez dos depoimentos dos familiares do noivo, incluindo os pais, que foram separados do acusado, em tribunal, por um "biombo". Todos descartaram a possibilidade de se ter tratado de um "acidente".

O pai do noivo, que perdeu a mãe e o irmão no atropelamento, garantiu que o português não deu qualquer sinal do que viria a acontecer. "Ninguém imaginou que ele ia ter esta reação macabra, que ele ia cometer tal assassinato", salientou, descrevendo a situação como um "horror desproporcional".

Defesa afirma que Micael só queria fugir

Já a Defesa de Micael, ao contrário da família do noivo do trágico casamento, alega que o português teve que fugir de carro do local porque estava a ser agredido pela "multidão".

"Eles não o convidaram para sair. Eles queriam acabar com a vida dele", disse a advogada em tribunal, segundo a Antena 3, detalhando que alguns convidados do casamento bateram e "bloquearam" o réu. "Ele estava num beco sem saída", garantiu.

Segundo a advogada, 'El Portugués', como é conhecido Micael em Madrid, tentou fugir, mas ao ver uma "uma multidão de pessoas a atirar", tentou "salvar a sua vida e dos seus" [filhos menores e sobrinhos], que o acompanharam ao casamento para o qual não tinham sido convidados.

Recorde-se que, o momento, que devia ser de alegria, terminou com quatro mortos e nove feridos graves, depois de Micael ter atropelamento, alegadamente de forma intencional, 13 dos cerca de 500 convidados do casamento, na sequência de uma rixa no restaurante onde decorria a cerimónia.

O julgamento, que vai durar 13 dias, conta com 126 testemunhas e segurança "pesada".

Micael da Silva Montoya está acusado de 13 crimes de homicídio (quatro deles consumados) e pode ser condenado a 226 anos de prisão, uma vez que, apesar da pena máxima prevista no Código Penal espanhol ser de 40 anos, existe a possibilidade de aplicação de prisão perpétua, em caso de crimes muito graves (a ser novamente analisada ao fim de 40 anos de detenção).

Leia Também: Português acusado de 13 homicídios começa a ser julgado hoje em Espanha

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