Marcelo procurará "solução de governabilidade", mas "povo é que decide"

O Presidente da República afirmou hoje que irá procurar "a solução de governabilidade melhor ou menos má" na sequência das legislativas de domingo, e que "verdadeiramente decisivo é o povo", que irá "decidir o quadro" político.

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Lusa
15/05/2025 13:37 ‧ há 7 horas por Lusa

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Presidente da República

Em resposta a perguntas dos jornalistas, no Palácio de Belém, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa declarou que a sua missão será "pegar nos resultados eleitorais e tentar encontrar a solução de governabilidade melhor ou menos má daquelas que resultem, teoricamente, na prática, do voto dos portugueses".

 

Interrogado se tem feito contactos para aferir possíveis soluções de Governo, o chefe de Estado respondeu: "Não, como imaginam, eu a última coisa que faria era durante a campanha eleitoral estar a ter contactos desses. Os contactos são para ter depois da campanha eleitoral e depois dos resultados eleitorais, porque verdadeiramente decisivo é o povo". 

"O povo é que vai decidir o que é que quer como quadro, dentro do qual os partidos e o Presidente vão atuar. Mas primeiro tem de ser o povo a decidir o quadro", reforçou.

Marcelo Rebelo de Sousa referiu que tem chamado a atenção "para a importância de tomar em linha de conta como o mundo está, como a Europa está, e como é importante contribuir para a estabilidade".

"Agora o que é que isso quer dizer? Cada um entenderá de forma diferente, e é isso que temos que ver, o que é que o povo pensa sobre isso", acrescentou.

No seu entender, a questão da governabilidade é algo que "está na cabeça de todos, dos partidos, dos líderes, e está na cabeça dos portugueses".

O Presidente da República escusou-se a comentar "aquilo que, entretanto, foi ocorrendo na campanha eleitoral" para as legislativas de domingo, mas insistiu na mensagem de que é preciso "salvaguardar o máximo de estabilidade neste mundo".

Numa altura em que "o mundo está instável, a Europa está instável", Marcelo Rebelo de Sousa expressou o desejo de que, "dentro do possível, Portugal não acentue essa instabilidade".

"Mantenho o comportamento que é deixar fluir e não comentar nada [da campanha], e depois, na noite das eleições, nos dias seguintes, há de haver um momento em que tenho de ouvir os partidos todos", disse.

Quanto ao momento em que irá receber os partidos com assento parlamentar, respondeu que "depende do número de partidos, depende das votações" e também "de serem importantes ou não os resultados da emigração", que levam mais dias a ser divulgados.

O chefe de Estado questionou se os partidos na Assembleia da República "serão os mesmos" ou se "haverá mais partidos com presença parlamentar", acrescentando: "Veremos".

As legislativas antecipadas de domingo foram convocadas pelo Presidente da República na sequência da queda do Governo minoritário PSD/CDS-PP chefiado por Luís Montenegro em março, quando a moção de confiança que apresentou no parlamento foi rejeitada, durante uma crise política que surgiu por causa de uma empresa familiar do primeiro-ministro.

Foi a terceira dissolução da Assembleia da República decretada por Marcelo Rebelo de Sousa, que perderá esse poder a partir de setembro, quando entrar nos últimos seis meses do seu segundo e último mandato presidencial.

Nos termos da Constituição, a Assembleia da República também não pode ser dissolvida nos seis meses posteriores à sua eleição.

A nomeação do primeiro-ministro é uma competência do Presidente da República, "ouvidos os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados eleitorais".

[Notícia atualizada às 18h58]

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