Suspeito da morte de grávida da Murtosa já chegou a tribunal. "Assassino"

Fernando Valente começar a ser julgado esta segunda-feira, à porta fechada, em Aveiro.

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Natacha Nunes Costa
19/05/2025 10:35 ‧ há 11 horas por Natacha Nunes Costa

País

Grávida da Murtosa

O suspeito do homicídio de Mónica Silva, que ficou conhecida como a grávida da Murtosa, já chegou ao  Palácio da Justiça de Aveiro, onde começa esta segunda-feira a ser julgado, à porta fechada.

 

À chegada ao tribunal, escoltado pela GNR e pela PSP, Fernando Valente, de 37 anos, foi apupado por vários populares. "Assassino", "diz a verdade", ouvem-se várias vozes revoltadas nas imagens transmitidas pelos vários canais televisivos.

Pelo menos a primeira sessão do julgamento vai decorrer à porta fechada, a pedido do advogado de Fernando Valente, uma decisão que gerou muita controvérsia.

O advogado da família da vítima contestou esta decisão, mas o tribunal da Relação ainda não emitiu o seu parecer.

Onde está o corpo de Mónica Silva?

O julgamento começa um ano e meio depois do desaparecimento de Mónica Silva, de 33 anos, que segundo a investigação saiu de casa, na Murtosa, no dia 3 de outubro, para mostrar as ecografias do bebé que esperava ao alegado pai da criança, Fernando Valente.

A Polícia Judiciária de Aveiro, que investigou o caso, nunca encontrou o cadáver ou vestígios da vítima, mas apresenta no processo muitas provas indiretas que, segundo o Ministério Público (MP), incriminam Fernando Valente.

Tal como pediu o MP, Fernando Valente vai ser julgado por um tribunal de júri, constituído por três juízes e quatro jurados (mais quatro suplentes). O suspeito arrisca pena máxima, ou seja, 25 anos de prisão, por homicídio qualificado, profanação de cadáver, aborto agravado, acesso ilegítimo ao telemóvel da vítima e posse de notas falsas de 50 e de 20 euros. 

Fernando Valente, que se encontra em prisão domicilária com pulseira eletrónica no seu apartamento, em Gaia, continua a negar o homicídio, assim como o relacionamento com Mónica. No entanto, os seus argumentos não convencem a investigação.

Gravidez conduziu a homicídio

De acordo com o Correio da Manhã, o MP tem fortes suspeitas de que a motivação do crime esta relacionada com a gravidez de Mónica, uma vez que Fernando Valente, assim como os pais, não queriam que a mulher tivesse um filho do empresário.

À Polícia Judiciária (PJ), conta o matutino, não só Fernando Valente assumiu que seria um "desgosto" ser pai de uma criança com Mónica, como a mãe disse que seria "uma vergonha" ter um neto fruto da relação do filho com a mulher.

Já segundo o Jornal de Notícias, Fernando Valente é defendido pelos advogados André Fontes e Solange Jesus, enquanto a família da vítima, Mónica Silva, é representada pelos advogados António Falé de Carvalho e Lúcia Peres Ricon, que pedem uma indemnização de 550 mil euros.

O viúvo, André Pataca, pescador, de 36 anos, com que Mónica Sillva ainda era casada e tinha dois filhos, pediu a indemnização total de 451.334 euros de indemnização para os menores, de 15 e 13 anos, além da indemnização de 100 mil euros para si próprio, também por danos morais e materiais.

Leia Também: Julgamento de morte de grávida da Murtosa arranca 2.ª-feira. Que se sabe?

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