Inspeção-Geral da Saúde abre auditoria ao uso de IA no SNS

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) iniciou uma auditoria ao uso de inteligência artificial nas entidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que avaliará as fontes de financiamento, segurança e respeito pelos direitos dos utentes.

Notícia

© ShutterStock

Lusa
20/05/2025 08:02 ‧ ontem por Lusa

País

IGAS

Numa nota divulgada no 'site', a IGAS explica que esta auditoria pretende contribuir para o uso responsável da Inteligência Artificial (IA) no SNS, avaliando a estratégia de inteligência artificial nos serviços públicos de saúde e o investimento em formação e capacitação dos profissionais.

 

A política de gestão de dados utilizados pela inteligência artificial, a segurança da informação e robustez dos sistemas e o impacto da inteligência artificial são outras áreas em foco nesta auditoria.

Na semana passada, o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, avisou que a inteligência artificial não pode substituir um médico, alertando que ferramentas como o ChatGPT não estão habilitadas a fazer diagnósticos médicos.

"É fundamental afirmar que a IA não é, nem pode ser, um substituto do julgamento clínico, da experiência médica nem do contacto humano. O diagnóstico é parte essencial do ato médico, que envolve não apenas dados objetivos, mas também interpretação contextual, escuta ativa e empatia", afirmou Carlos Cortes, em declarações à agência Lusa.

Ordem dos Médicos alerta para riscos do uso de Inteligência Artificial na saúde

Ordem dos Médicos alerta para riscos do uso de Inteligência Artificial na saúde

O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, diz que a inteligência artificial (IA) não pode substituir um médico, alertando que ferramentas como o ChatGPT não estão habilitadas a fazer diagnósticos médicos.

Lusa | 15:40 - 15/05/2025

O bastonário acrescentou que a IA deve ser encarada como uma ferramenta de apoio à decisão clínica e não como agente autónomo de diagnóstico.

Insistindo que as ferramentas de IA não estão habilitadas a fazer diagnósticos, Carlos Cortes lembrou que faltam "evidência científica robusta, mecanismos de validação rigorosos e, sobretudo, transparência algorítmica que permita aos médicos compreender e confiar nas decisões sugeridas".

Nos casos de diagnósticos errados, o bastonário refere que as "consequências podem ser gravíssimas: atrasos no início de terapêuticas adequadas, agravamento de estados clínicos, exposição a tratamentos desnecessários ou inapropriados, sofrimento evitável e até perda de vidas humanas", ao mesmo tempo que as ferramentas de IA não assumem responsabilidade moral.

O médico diz ainda que em Portugal não foram identificados casos em que o uso de IA tenha causado consequências clínicas relevantes, embora a ausência de casos não possa ser confundida com a ausência de risco.

Em declarações à Lusa, Carlos Cortes defendeu ainda a criação de uma agência nacional para a IA na área da saúde, como forma de prevenir diagnósticos errados e desinformação médica.

Bastonário dos Médicos defende criação de agência de IA para a Saúde

Bastonário dos Médicos defende criação de agência de IA para a Saúde

O bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, defende a criação de uma agência nacional para a inteligência artificial (IA) na área da saúde, como forma de prevenir diagnósticos errados e desinformação médica.

Lusa | 15:31 - 15/05/2025

Leia Também: A ascensão da direita radical e da extrema-direita na Europa: O essencial

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas