Marcelo "rendeu-se à política da falsificação" e "distorção da realidade"

Porfírio Silva apontou que Marcelo Rebelo de Sousa substituiu "a realidade pelas falsas impressões".

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Daniela Filipe
12/02/2025 14:38 ‧ há 3 horas por Daniela Filipe

Política

Porfírio Silva

O socialista Porfírio Silva acusou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não só de se ter rendido “à política da falsificação”, como também de defender “uma política de realidade virtual” no que diz respeito à segurança e à corrupção em Portugal.

 

“Não pensei que fosse possível ouvir o Presidente da República Portuguesa defender que, quer na segurança, quer na corrupção, o que interessa não é a realidade, mas aquilo que as pessoas pensam que é. Claro que, nas dinâmicas sociais, aquilo que as pessoas têm na cabeça conta. O que não cabe na cabeça de nenhum cidadão racional é substituir a realidade pelas falsas impressões”, escreveu Porfírio Silva, na rede social Facebook.

É que, na terça-feira, o chefe de Estado considerou que, em matéria de corrupção e de segurança, "o que interessa não é a segurança em abstrato, nem é a corrupção que existe ou não existe”, mas sim “qual é a imagem que as pessoas têm acerca da corrupção e acerca da segurança".

“O que qualquer cidadão responsável faz é trabalhar contra a distorção da realidade, trabalhar contra as dinâmicas que se alimentam das falsas perceções, trabalhar para que a sociedade funcione com compreensão completa do que realmente se passa. O atual PR rendeu-se à política da falsificação. Marcelo defende uma política de realidade virtual”, argumentou o socialista.

As declarações do Presidente da República foram proferidas após a divulgação dos dados do índice de perceção da corrupção de 2024, pela organização Transparência Internacional, na terça-feira.

Numa escala de 0 a 100, em que 0 corresponde à perceção de muito corrupto e a 100 de muito transparente, Portugal obteve 57 pontos, um dos piores resultados da Europa Ocidental, com uma queda de quatro valores face ao ano anterior.

Já no final de janeiro, Marcelo tinha salientado que existem dúvidas sobre questões de segurança e "números contraditórios", tendo apelado a que se aguarde pelo relatório de segurança interna.

"Para se saber a situação que se vive, se viveu no ano de 2024, temos de esperar pelo dia 28 de março em que é discutido no Conselho Superior de Segurança Interna o relatório de segurança interna", defendeu.

No mesmo mês, o diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, sublinhou que o sentimento de insegurança tem origem no aumento da desinformação e de ameaças híbridas, tendo dado conta de que os números de criminalidade violenta desmentem essa perceção.

Leia Também: Marcelo "preocupado" com evolução de índice de perceção da corrupção

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