"Sensível" a peregrinações, CDS-PP prefere Legislativas a 18 de maio

O presidente do CDS-PP, Nuno Melo, manifestou hoje preferência que as eleições legislativas antecipadas aconteçam no dia 18 de maio, tendo em conta as peregrinações a Fátima que habitualmente acontecem nesse mês.

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Lusa
12/03/2025 19:56 ‧ há 7 horas por Lusa

Política

Nuno Melo

"O CDS entende que as eleições devem acontecer o mais rápido possível", para que esta crise política "absurda, escusada e irresponsável" seja resolvida, afirmou o também ministro da Defesa Nacional.

 

Nuno Melo aos jornalistas à saída de uma audiência com o Presidente da República, no Palácio de Belém, onde Marcelo Rebelo de Sousa recebe hoje todos os partidos com assento parlamentar, na sequência da demissão do Governo PSD/CDS-PP causada pelo 'chumbo' da moção de confiança ao executivo.

O líder do CDS-PP disse que 11 ou 18 são "datas preferenciais" e indicou que os democratas-cristãos são "sensíveis" ao facto de em maio acontecerem as habituais peregrinações a Fátima por volta do dia 13, pelo que apontam que o dia 18 é melhor para as eleições legislativas antecipadas.

Questionado se está confortável com Luís Montenegro continuar a liderar a Aliança Democrática, coligação que inclui PSD e CDS-PP, Nuno Melo disse estar "muito desconfortável com uma crise política escusada, criada por quem, à falta de argumentos políticos que pudessem contraditar uma governação boa, que durante um ano tem vindo a resolver problemas dos portugueses, optou pela pequena política, optou pela suspeição, pela lama transformada em escrutínio, para colocar partidos à frente do interesse de Portugal".

"Isso é que me deixa muito desconfortável, mas porque quando a democracia funciona as regras têm que ser aceites, a partir do momento em que a moção de confiança foi rejeitada, sabendo nós que vamos a votos, faremos tudo para que o bom Governo que caiu possa ser reconduzido a partir das próximas eleições legislativas", afirmou.

 E considerou que "os portugueses têm bem presente tudo aquilo que de bom foi feito por este bom Governo durante um ano, mas também têm presente aquilo que de mal foi feito pelo Partido Socialista e Pedro Nuno Santos durante oito anos".

Nuno Melo recusou "perder tempo até ao dia das eleições a falar de uma circunstância relativa a uma pessoa, porque, sinceramente, há quem não perceba que o que interessa aos portugueses não é isso".

"Sobre isso já foi tudo dito, redito, repisado", sustentou.

Sobre o Ministério Público ter aberto uma averiguação preventiva relacionada com o primeiro-ministro e com a empresa da família de Luís Montenegro, o líder do CDS-PP disse que não lhe cabe comentar "nada que tenha a ver com o poder judicial" e assinalou que existe presunção de inocência.

"Tenho bem presente a consciência expressa pelo primeiro-ministro ontem, na Assembleia da República, de que não tem nada a temer, porque nada lhe deve ser apontado", afirmou.

O Presidente da República está a ouvir ao longo do dia todos os partidos com assento parlamento e convocou para quinta-feira às 15:00 uma reunião do Conselho de Estado ao abrigo do artigo 145.º, alínea a) da Constituição, segundo a qual compete a este órgão pronunciar-se sobre a dissolução da Assembleia da República.

A Constituição determina ainda, no seu artigo 133.º, que compete ao Presidente da República dissolver a Assembleia da República "ouvidos os partidos nela representados e o Conselho de Estado".

A moção de confiança ao Governo PSD/CDS-PP foi chumbada na terça-feira no parlamento com os votos contra do PS, Chega, BE, PCP, Livre e deputada única do PAN, Inês Sousa Real. A favor estiveram o PSD, CDS-PP e a Iniciativa Liberal.

[Notícia atualizada às 20h14]

Leia Também: Mandato foi "interrompido no pior momento". Caiu "um bom Governo"

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