Se as eleições legislativas fossem hoje, a AD voltaria a vencer, desta vez com 34,8% dos votos. Os dados são de uma sondagem da Pitagórica para a TVI/CNN Portugal, Jornal de Notícias e TSF, que aponta que este é o maior crescimento de Luís Montenegro em relação a uma sondagem anterior.
Segundo a sondagem, a AD, liderada por Luís Montenegro, soma 34,8% das intenções de voto nas eleições legislativas de 18 de maio, ao passo que o Partido Socialista (PS), de Pedro Nuno Santos, se fica pelos 28,1%. Segue-se o Chega com 15,2% e a Iniciativa Liberal (IL) com 7,4%.
O Livre reúne 4,4% dos votos da sondagem, sendo seguido pelo Bloco de Esquerda (4,15%) e a CDU (3,5%). O PAN surge em último com 0,6% das intenções de voto, menos do que os 0,7% do ADN.
Nesta sondagem, divulgada um dia antes do debate que irá colocar Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro frente a frente, os dois líderes partidários subiram nas intenções de voto, em comparação à sondagem da Pitagórica de março.
A AD passou de 34,4% para 34,8%, enquanto o PS passou de 27,8% para 28,1%. Ainda assim, a IL foi o partido que teve o maior 'salto' e aumentou de 6% para 7,4%.
A crise política teve início em fevereiro com a publicação de uma notícia, pelo Correio da Manhã, sobre a empresa familiar de Luís Montenegro, Spinumviva, detida à altura pelos filhos e pela mulher, com quem é casado em comunhão de adquiridos, - e que entretanto passou apenas para os filhos de ambos - levantando dúvidas sobre o cumprimento do regime de incompatibilidades e impedimentos dos titulares de cargos públicos e políticos.
Depois de mais de duas semanas de notícias - incluindo a do Expresso de que a empresa Solverde pagava uma avença mensal de 4.500 euros à Spinumviva - de duas moções de censura ao Governo, de Chega e PCP, ambas rejeitadas, e do anúncio do PS de que iria apresentar uma comissão de inquérito, o primeiro-ministro anunciou a 5 de março a apresentação de uma moção de confiança ao Governo.
O texto foi rejeitado com os votos contra do PS, Chega, BE, PCP, Livre e deputada única do PAN, Inês Sousa Real, o que fez com que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocasse novas eleições legislativas.
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