Rui Tavares promete combater "orgulhosamente" o "anticiganismo"

O porta-voz do Livre desafiou hoje o líder do Chega, André Ventura, a respeitar as pessoas que vivem em Portugal, em particular a comunidade cigana, e garantiu que vai "orgulhosamente" combater o "anticiganismo".

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Lusa
09/05/2025 22:51 ‧ há 9 horas por Lusa

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"Mas, eles [Chega] já experimentaram, são tão patriotas, a começar a gostar do país, gostar das pessoas que vivem no país e respeitar as pessoas que vivem no país, é uma ideia, fica a nota para o `drink´ [bebida]. E já agora, em particular, respeitar quem vive neste país há muitos séculos e, sim, estou a falar da comunidade cigana", afirmou Rui Tavares durante um comício realizado na Academia Almadense, em Almada, no distrito de Setúbal.

 

Num discurso de meia hora, e perante uma sala cheia, o dirigente do Livre assumiu que não há nada que respeite menos do que alguém que escolhe a comunidade mais estigmatizada para ainda a rebaixar mais e a atacar mais.

Enquanto se ouviam aplausos entre a audiência e gritos de "liberdade, liberdade, liberdade", Rui Tavares garantiu que o Livre vai combater o "anticiganismo" deste país mesmo que isso não esteja na moda, mesmo que alguns queiram tornar o "anticiganismo" normal.

"Sim, o Livre é orgulhosamente pela inclusão de todos e porque sim o país é plural", atirou.

Em sua opinião, "não há nada tão feio num ser humano como alguém que escolhe chutar quem está por baixo, nem há nada também tão belo como alguém que escolhe puxar para cima".

E questionou: "Já experimentou esse líder da extrema-direita alguma vez dar a mão e puxar para cima? Já experimentou pensar naqueles ciganos e ciganas que são deste país e são deste país há séculos e que, durante séculos, foram obrigados a não ficar mais do que dois ou três dias em cada cidade?".

Foi por esse motivo que os ciganos foram excluídos e escorraçados mesmo quando participaram na defesa da independência deste país, tal como aconteceu em 1640, salientou.

Rui Tavares considerou que deve ser muito cansativo ser da extrema-direita e andar o tempo todo com tanto o ódio e com tanto preconceito.

"Eu percebo porque é que André Ventura não vai a lado nenhum sem motorista porque deveria ser um suplício para ele apanhar o cacilheiro e vir até ao outro lado do rio o tempo todo a olhar e dizer aquela é imigrante, aquela é de cor, aquela é LGBT e aquela tem uma tatuagem", frisou.

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