No final da primeira semana da campanha eleitoral para as eleições legislativas de 18 de maio, os líderes dos partidos com assento parlamentar começam a mostrar-se mais entusiasmados com os resultados finais.
Em Viana do Castelo, na tradicional arruada, Luís Montenegro pediu para que todos lutem "até ao fim por uma maioria maior". Já durante a tarde, num comício no mercado de Vila Nova de Famalicão (Braga), o líder do PSD afirmou que sente "a responsabilidade de ser o farol do país" e apelou aos portugueses que querem estabilidade para que "votem massivamente" na AD.
No comício realizado na sua terra, o presidente do CDS-PP e parceiro da coligação, Nuno Melo, disse que, se Pedro Nuno Santos saiu pela "porta pequena" do Governo socialista de António Costa e se não serviu para ministro, também não pode servir agora para primeiro-ministro.
Já o secretário-geral socialista, numa arruda em Santo Tirso, assegurou que sente que o PS está em crescendo nesta campanha e que vai ganhar as legislativas, alegando que as pessoas querem uma mudança de Governo segura e com estabilidade.
"Ao longo do percurso que temos feito nos últimos dias e aqui também em Santo Tirso, sentimos que nós estamos em crescendo e que vamos chegar ao dia 18 de maio com uma grande vitória", afirmou Pedro Nuno Santos, no final da arruada onde teve a receção mais calorosa desta campanha eleitoral e de onde saiu a conduzir a sua mota para um almoço em Famalicão.
Também com confiança está o secretário-geral do PCP, que hoje andou por Guimarães onde ouviu palavras de apoio nas ruas. Paulo Raimundo disse que "o ambiente não é tudo, o ambiente não vota", mas dá confiança à CDU, no final da primeira semana de campanha.
Por sua vez e numa festa-comício no Porto, a coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, fez um apelo ao voto dos "invisíveis e esquecidos" da sociedade, num discurso no qual acusou a direita de "não saber o que é o trabalho" e apontou a mira à Iniciativa Liberal.
Em dia de jogo decisivo para o campeonato nacional de futebol, entre Benfica e Sporting, a Iniciativa Liberal organizou de manhã um jogo de vólei de praia em Oeiras, onde Rui Rocha não quis dizer com quem tenciona jogar após as legislativas, mas manifestou-se disponível para acolher na sua quadra quem quiser mudança.
O porta-voz do Livre andou pela feira de Alverca para advertir o eleitorado de que a direita não gosta muito de direitos e, mais do que não gostar, quer acabar com eles. Rui Tavares afirmou também que um bloco central de PS e PSD seria indesejável e um problema para o país porque entregaria a oposição à extrema-direita.
Pelo quarto dia consecutivo a comitiva do Chega tinha à sua espera um novo protesto de um homem da comunidade cigana. No mercado municipal de Vila Real, André Ventura afirmou que tem recebido ameaças de morte, mas indicou que não mudará "um milímetro" a campanha, e não vai apresentar queixa ou reforçar a sua segurança privada.
Em Baltar, no concelho de Paredes, onde assistiu a um jogo de andebol feminino de Sub-16, também a porta-voz do PAN disse acreditar na eleição de um deputado pelo Porto, para o qual faltaram cerca de 800 votos nas legislativas de 2024, e assim contribuir para a formação de um grupo parlamentar na Assembleia da República.
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