"Quem é que quer governar um país na base da desesperança?"

O presidente do PSD apostou hoje que os pensionistas vão dar no próximo domingo "uma grande lição" aos que classificou de "profetas da desgraça", e colocou a AD no centro da moderação, nem socialista, nem liberal.

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© Reprodução Facebook/AD - Coligação psd/cds

Lusa
12/05/2025 21:08 ‧ há 6 horas por Lusa

Política

PSD

Luís Montenegro falava no comício do final de dia de campanha da AD -- coligação PSD/CDS-PP, em Vila Real, ao ar livre, mas com uma tenda transparente que protegia apenas parcialmente da chuva que caiu nesta região ao longo do dia.

 

Na sua intervenção, fez rasgados elogios à cabeça de lista da AD e ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que classificou como uma "mulher de armas" e que considerou ter o ministério mais difícil de qualquer Governo.

Dirigindo-se em especial aos pensionistas e reformados, como fez por várias vezes nesta campanha, Luís Montenegro enumerou as medidas tomadas pelo seu executivo e defendeu que já "ninguém acredita" nos "fantasmas" lançados pela oposição, num dia em que o líder do PS, Pedro Nuno Santos, acusou a AD de esconder um projeto de privatização do sistema de pensões.

"É tão feio, tão feito usar falsos argumentos, falsos medos e tentar tratar as pessoas como se fossem instrumentos a ver se têm mais votos", criticou o também primeiro-ministro.

Montenegro considerou, contudo, que esta estratégia vai ter um efeito contrário: "No próximo domingo, todos os portugueses de forma generalizada, mas sobretudo os pensionistas e reformados, vão dar uma grande lição àqueles que são os profetas da desgraça e parece que já pedem uma crise para lhes dar mais uns votinhos", lamentou.

"Os portugueses são mais inteligentes do que esses argumentos matreiros de campanha eleitoral, sabem bem onde está a verdade", afirmou.

E noutro recado implícito ao secretário-geral do PS, questionou: "Quem é que quer governar um país na base da desesperança, quase a chamar por uma crise?", questionou.

Na sua intervenção, em que saudou a resistência dos que o ouviam à chuva, Montenegro fez questão de colocar a coligação AD no centro político, "na moderação", mas fora do socialismo ou do liberalismo.

"Não somos socialistas. Porque se fôssemos socialistas, nós achávamos que era o Estado que fazia tudo. Se fôssemos socialistas, nós andávamos a engordar o Estado para o Estado se autoalimentar a si próprio", afirmou.

No entanto, acrescentou, esta força política também não é liberal.

"Se fôssemos liberais, achávamos que era o mercado, que era a sociedade que resolvia os problemas de todos por si só. E nós não achamos isso", afirmou, defendendo que tem de haver habitação pública, o SNS tem de ser a base do sistema de saúde e a educação pública é essencial para garantir que igualdade de oportunidades a todos, "vivam em Lisboa ou em Vila Real".

Nos elogios que deixou a Ana Paula Martins, o presidente do PSD adaptou o adágio popular de que "Para lá do Marão, mandam os que lá estão", numa referência ao facto de a cabeça de lista não ser de Vila Real.

"Mas para lá do Marão mandam os que cá estão com aqueles que vêm para aqui com coração, e a Ana Paula Martins é dessas, é rija, é resistente, é competente, é humana, tem sensibilidade cívica moral acima da média", apontou.

Na área da saúde, Montenegro disse que o seu Governo teve a tarefa "de recompor, salvaguardar e salvar" o Serviço Nacional de Saúde.

"Essa tarefa carece de alguém com fibra que sabe que tem de enfrentar todos os dias uma grande pressão, muita incompreensão -- que é legítima de quem espera encontrar uma reposta e nem sempre está disponível", afirmou.

No entanto, defendeu que um Governo na AD não irá "desperdiçar a capacidade" dos outros setores na saúde, referindo-se sobretudo às misericórdias.

Em Vila Real, o líder do PSD voltou a pedir "quatro anos de estabilidade" para que o Governo possa ser julgado ao fim desse tempo.

Em 2024, a AD venceu as eleições neste círculo, conseguindo dois dos cinco deputados, seguido do PS com dois e do Chega com um.

[Notícia atualizada às 21h17]

Leia Também: Dois é bom, três é demais? AD de "dois partidos" e... a proposta à IL

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